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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

SUS começa a ofertar antirretrovirais para prevenir infecção por HIV

Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a ofertar para pessoas consideradas de comportamento de alto risco para HIV o uso preventivo de antirretovirais. Os remédios hoje são indicados para tratar a infecção ou, em casos de acidente, para evitar a contaminação depois da exposição a uma situação de risco. Essa terceira estratégia, conhecida como Profilaxia Pré-Exposição (PrEp), é feita a partir do uso diário do remédio. O antirretoviral serviria, portanto, como um “bloqueador” da infecção. 

O protocolo sobre a forma do uso do medicamento deverá ser publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira, 29. No mesmo dia, será publicada a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o antirretroviral, o truvada, possa ser usado também na pré-exposição.

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“A PrEP não é uma pílula mágica”, alertou a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. “Pessoas que iniciarem a estratégia devem manter o uso de camisinha”, completou. O Brasil é o primeiro país da América Latina a incorporar a estratégia. Desde 2013, cinco estudos foram conduzidos no País para avaliar a eficácia da medida. O objetivo principal é reduzir o número de pessoas infectadas e, com isso, de circulação do vírus. 

A indicação da PrEP não é para população em geral. Seu uso será permitido para pessoas com mais de 18 anos que sejam consideradas de maior risco, como profissionais do sexo, transexuais, homens que fazem sexo com homens e casais sorodiscordantes – quando é HIV positivo e outro, não. 

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“A proteção contra HIV não é imediata. As pessoas que vão fazer uso da terapia precisam tomar o remédio todos os dias. A proteção começa a partir do 7º dia para exposição por relação anal e a partir do 20º dia para exposição por relação vaginal”, disse Adele.

A estimativa é de que 7 mil pessoas façam o tratamento por PrEP por ano. O custo anual do tratamento é estimado em US$ 275 por paciente. O investimento inicial será de US$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos.

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As primeiras cidades que vão receber o medicamento são: Porto Alegre, Curitiba, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto (SP). Esses municípios foram escolhidas porque já participaram dos cinco projetos desenvolvidos com PrEP no Brasil ao longo dos últimos anos. “Os profissionais já estão capacitados”, disse Adele.

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