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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

‘T2 – Trainspotting’ estreia nesta quinta e é sobre o medo da morte

Lançado em janeiro, na Inglaterra, com ótimas críticas, T2 – Trainspotting teve a sua pré-estreia internacional no Festival de Berlim, em fevereiro. Foram o diretor Danny Boyle, o roteirista John Hodge e dois dos atores principais, Ewan Bremner e Jonny Lee Miller. Os outros dois, os mais famosos – Ewan McGregor e Robert Carlyle -, não puderam, comparecer, presos a outros compromissos profissionais.

Boyle lembrou que, apesar do sucesso do original – uma rara produção independente britânica que arrebentou na bilheteria e fez sucesso de público e crítica em todo o mundo, chegando a ser considerada pelo The New York Times um dos 100 melhores filmes de todos os tempos -, nunca houve cobrança do estúdio (Sony/Columbia) por uma sequência.

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Thatcher foi premiê entre 1979 e 1990, uma época de intensa transformação econômica e social. E aí, em 1996, surgiu Trainspotting. Definido como ‘drug culture drama’, o filme lançou seu olhar sobre o submundo das drogas de Edimburgo, na Escócia. Ao contrário de uma sociedade vitoriosa, escombros. Das ruínas arquitetônicas e humanas, emergiram a cool britannia e a britpop.

Trainspotting, o 1, baseia-se num livro de Irvine Welch. Em 2002, o escritor publicou uma espécie de sequência – Pornô. O roteirista John Hodge fez uma adaptação que, segundo Danny Boyle, “era bem decente, mas não tinha nada a ver. Nem enviei o roteiro para os atores”. Com a proximidade dos 20 anos do filme cultuado, Boyle, Hodges e o produtor Andrew MacDonald reuniram-se há dois anos em Edimburgo para rascunhar o que poderia ser T2. “É curioso porque o primeiro filme nasceu no vácuo do pós-thachterismo e o segundo foi gestado quando estava em processo o Brexit (a saída da Inglaterra da União Econômica Europeia). Houve um debate muito intenso na Escócia, que defendia a permanência. Por conta disso, sempre foram feitas leituras políticas do 1 e, agora, também estão sendo feitas do 2 A política é inevitável. Está em tudo, mas, para nós, o filme é mais sobre masculinidade, o medo do envelhecimento e da morte. No limite é sobre… ‘Fuck’ o medo. Vamos morrer, de todo jeito “

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Os atores, porém, estavam mais interessados é na visão do diretor. A coletiva, na Berlinale, foi uma troca de gentilezas sem fim. “Danny é o cara mais cheio de energia que conheço. Depois de empoderar o primeiro filme, ele chegou cheio de ideias para o segundo. Danny é um atleta mental. Você ainda não foi e ele já está voltando. O resultado dessa vitalidade é que Danny filma rápido, de forma econômica. Sabe exatamente o que quer”, disse Bremner. E o diretor.

“O bom de reencontrar as pessoas do começo de sua carreira é que você termina fazendo uma viagem no tempo. É como voltar ao marco zero de você mesmo, lembrando como você já foi jovem e sonhou.”

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