TCE quer reduzir tarifa de passagem cobrada fora da rodoviária

O transporte intermunicipal poderá ficar mais barato para quem embarcar fora das estações rodoviárias. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou, nesta semana, que a taxa de 11% cobrada para custear os serviços não poderá mais ser incluída no valor da passagem de quem inicia o percurso em outros terminais. A medida vale para o transporte intermunicipal de longo curso e o suburbano do interior – que atende dentro do município, mas até localidades da zona rural. 

Atualmente, os passageiros que embarcam na Estação Rodoviária de Santa Cruz do Sul com destino a Venâncio Aires, às 17h30, por exemplo, pagam R$ 6,95. A mesma tarifa é cobrada para usuários que utilizam o ponto de ônibus na Avenida João Pessoa, em frente ao Corpo de Bombeiros. Sem a alíquota, passaria para R$ 6,18 na parada do Centro. Para Porto Alegre, a diferença poderia chegar a R$ 4,55 com embarque na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O TCE entende que esse funcionamento implicaria em “possível enriquecimento indevido das concessionárias de transporte, assim como sobrepreço das tarifas e, portanto, prejuízo aos usuários”. 

O presidente da Agergs, Alcebíades Adil Santini, diz que a agência só vai se posicionar sobre a medida após reunião do Conselho Superior da Agergs, marcada para hoje à tarde. Segundo ele, o pedido do TCE chegou à Agergs na última sexta-feira e passa por análise. Santini afirma que, assim como os usuários do transporte não podem ser prejudicados, é preciso rever os critérios de cobrança a fim de garantir a sobrevivência das estações rodoviárias. “Precisamos reunir todos os atores envolvidos e encontrar uma saída.”

Falta esclarecer

De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o transporte suburbano é uma responsabilidade da Prefeitura. No entanto, a Secretaria Municipal de Transportes e Serviços Urbanos não soube informar a composição das tarifas. A Gazeta do Sul tentou entrar em contato com a empresa que possui a concessão do serviço, a Sayonara, porém, não recebeu retorno até o fechamento desta edição.

COMO FICARIA