Acabou em briga e troca e palavrões o primeiro teste do ministro da Economia, Paulo Guedes, na audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a reforma da Previdência. Depois de seis horas e meia de sessão com sucessivos bate-bocas com a tropa da oposição, o ministro caiu na provocação do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que o acusou de ser “tigrão” com os aposentados, idosos de baixa renda e agricultores, mas “Tchutchuca” com privilegiados do Brasil.
O ataque do petista, filho do ex-ministro José Dirceu, levou à explosão final de Guedes, que reagiu com destempero fora do microfone: “Tchutchuca é a mãe, é a sua avó”. Zeca começou as críticas perguntando a razão pela qual Guedes começou as reformas como a da Previdência e não alterações que afetassem os banqueiros.
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Acusado de mentiroso, rentista do mercado financeiro e cruel por querer formar uma “legião de pobres” com a capitalização da Previdência, Guedes partiu para um embate direto com os oposicionistas, com ironias e ataques aos dois governos do PT.
Um dos momentos mais tensos foi quando os deputados se intrometeram na sua resposta à pergunta do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) sobre a idade que as empregadas domésticas se aposentam.
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Houve reação dos deputados atacados por Guedes. Diante da gritaria, Guedes reagiu: “A Casa não está me respeitando. A Casa não me dá o direito de falar”.
Guedes foi em frente com as críticas e disse que era fake news a informação de que no Chile havia muitos suicídios por conta da Previdência.
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