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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Terrorismo: pesquisador diz que ‘o pior na Europa está por vir’

A onda de atentados na Europa mostra a capacidade de “comunicação, sedução e sugestão” do Estado Islâmico e, ainda que o grupo seja derrotado, o pior na Europa está por vir”, disse à Agência EFE o pesquisador Javier Lesaca.

Após três anos de análises das propagandas e das comunicações do Estado Islâmico, o pesquisador visitante da Universidade George Washington publicou o livro Armas de sedução em massa. A fábrica audiovisual do Estado Islâmico para fascinar a geração do milênio.

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Em 26 de novembro de 2016, o Estado Islâmico lançou uma campanha específica, na qual explicava como fabricar bombas caseiras, “exatamente igual à utilizada no recente atentado em Manchester”, na qual pedia aos seus seguidores que começassem a cometer atentados em seus locais de origem.

Essa campanha de comunicação está sendo seguida ao pé da letra pelos cidadãos com passaporte europeu. “Agora estamos sofrendo as consequências”, explicou Lesaca.

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Para ele, a radicalização “é um fenômeno muito complexo” que, junto à ausência de uma estrutura fixa do grupo, faz com que o movimento jihadista seja muito mais resistente a qualquer operação militar ou policial.

Segundo dados das Nações Unidas, nos últimos três anos 35 mil jovens de 100 países viajaram para o Iraque e a Síria para fazer parte do Estado Islâmico “Isso nem a Al Qaeda conseguiu fazer”, afirmou Lesaca.

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“O fato de a organização ter surgido em dois dos países mais corruptos do mundo, Síria e Iraque, não é casual”, observa, ao considerar que a corrupção é fator fundamental que os estados devem levar em conta para “evitar a proliferação de mensagens violentas e extremistas”.

Na luta contra o terrorismo, que se torna difícil “enquanto os seus vídeos seguem disponíveis na internet”, é preciso buscar a colaboração de grandes empresas tecnológicas, de comunicação e do âmbito do entretenimento, já que “são as indústrias mais credíveis e as que chegam com mais eficácia aos jovens”, disse Javier Lesaca.

A crise de legitimidade e credibilidade nas instituições, a crise dos meios de comunicação tradicionais, o empoderamento dos cidadãos e o uso das redes sociais está gerando um contexto no qual grupos extremistas “têm mais capacidade do que nunca para seduzir seus alvos”,  acrescentou.

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