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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Tirésias

Semana passada, o IBGE divulgou pesquisas relacionadas ao mercado de trabalho. Chama atenção a informação de que 22,6 milhões de brasileiros em idade produtiva estariam desempregados.

Trata-se de uma pesquisa inédita eis que dá números à subocupação e à inatividade, ou seja, identifica o número de pessoas que gostariam de trabalhar. Mais precisamente, desempregados (11,6 milhões), subocupados (4,8 milhões) e não ativos (6,2 milhões com força potencial de trabalho). 

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Informar, divulgar e esclarecer, entre outras iniciativas oficiais, é essencial. Mas, infelizmente, governos mentem. Alguns mentem mais que outros. Nada de novo: é inerente a sua natureza. 

Afinal, utilizam variados artifícios para propagar seus feitos. Em geral, meias verdades. Manipulação estatística. Propaganda. Turbinam “façanhas” governamentais e “colorem” o imaginário popular, sempre carente de rótulos e estratificações. Antes dos atuais números virem à tona – recessão econômica, desemprego massivo e deficit público –, lembra o discurso dominante e a euforia? Desemprego quase zero e ascensão social de milhões de pessoas à classe média, diziam. Ora, ora, por favor, classe média alta de mil reais de renda mensal (definição da então Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência)?

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A propaganda oficial mascara a verdade, que, porém, ressurge ainda que dolorosa. O desemprego atinge níveis recordes. A falta de trabalho, emprego e renda afeta a dignidade do sujeito e fragiliza sua cidadania. 

Mais grave: esses números negativos têm conexão com os números relativos aos jovens. Aproximadamente 30 milhões têm entre 15 e 24 anos, e 17 milhões não estudam. Quatro milhões de jovens vivem em famílias com baixíssima renda per capita. Metade dos desempregados e desocupados brasileiros são esses jovens.

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