Como boa parte das tradições mantidas pelos santa-cruzenses, a competição de Tiro ao Rei foi trazida ao município pelos primeiros imigrantes alemães, no final do século 19. Primeiro, consistia em uma maneira de treinar para manter a segurança das propriedades, depois tornou-se uma atividade desportiva realizada nas festas das igrejas, sempre no período da Páscoa. A modalidade chegou a cair no esquecimento por algum tempo e foi retomada há cerca de 20 anos pela Sociedade de Tiro, Caça e Pesca de Santa Cruz do Sul, que comemorou 145 anos com uma disputa de Tiro ao Rei, nesse sábado.
Sob o nome de “Carabina apoiada”, já que o título oficial agora é reservado apenas para o torneio disputado dentro da Oktoberfest, 24 atiradores competiram durante a festa. O certame é definido por meio dos pontos marcados em seis disparos contra um alvo a 50 metros de distância – sendo três tiros de treino e três para valer.
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Egídio Strohm: torneios no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Foto: Rodrigo Assmann
Conforme um dos competidores mais antigos na Sociedade de Tiro, Caça e Pesca nessa modalidade, o servidor público Egídio Strohm, a principal característica é a precisão. “Exige muita concentração e não precisa ser um tiro rápido, como em outras práticas com revólveres, por exemplo”, explicou.
Para Strohm, a integração com os outros sócios e a sensação de relaxamento são as melhores coisas que o clube de tiro proporciona. Ele participa da associação há mais de duas décadas e compete pelo Tiro ao Rei durante todo o ano, em diversos municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O treino para os torneios é sempre nos sábados. “Não existe uma explicação concreta, mas me identifico com essa modalidade e é algo muito prazeroso pra mim.”
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