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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Tomada de decisões

Tomar decisões envolve um complexo sistema de emoções, valores, pensamentos, experiências anteriores, intuição, atenção, tempo de processamento de informações e aprendizado. Ao contrário do que muitos podem pensar, não há como separar a emoção da razão numa tomada de decisão. As pesquisas em neurociência nos mostram que deliberar é uma atribuição que nos diferencia dos outros animais.

A maioria das decisões que nós tomamos são automáticas, fruto de processos inconscientes. Essas costumam ser decisões mais simples, como desviar de um objeto ou retirar a mão de uma xícara fervendo. Quando temos decisões que envolvam aspectos morais, econômicos ou de risco, ativamos processos mentais mais elaborados para tentar encontrar uma melhor decisão. Essa melhor decisão também depende da intencionalidade do sujeito. A melhor decisão para quem quer minimizar a dor e maximizar o prazer pode ser uma. Já para quem é altruísta pode ser outra. Cada cabeça uma sentença, já diz o ditado.

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Existem transtornos mentais que afetam bastante o nosso processo de tomada de decisões. Pessoas deprimidas pensam de forma mais lenta e negativa. Ansiosos têm insegurança e tendem a ser evitativos. Dependentes químicos têm suas decisões voltadas para o uso de drogas. Desatentos e impulsivos não têm informações e tempo para tomar decisões mais adequadas. Eufóricos avaliam mal o risco de seus atos.

No cotidiano, a maioria das decisões envolvem processos de escolha. E normalmente escolhas vêm acompanhadas de renúncias. Escolher é fácil, o difícil é renunciar. Então podemos pensar que escolher é um aprendizado e ele deve ser desde cedo estimulado em nossas crianças. Auxiliar a criança em processos de escolha pode ter um impacto positivo na sua vida adulta.

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Recomendo também simplificarmos a quantidade de opções para a criança escolher e, conforme ela for se sentindo mais segura, aumentar as opções. Precisamos dar tempo para as crianças decidirem e estimulá-las a visualizar este ponto futuro decorrente de suas escolhas. Auxiliá-las a lidar com as frustrações das renúncias pode tornar esse processo menos doloroso. Decidir é vital. Não é à toa que dizem que somos o resultado de nossas escolhas.

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