Trabalhadores do polo naval de Rio Grande estão promovendo uma série de protestos no município nesta quinta-feira, 12, contra as demissões na indústria local e por mais investimentos em projetos ligados à Petrobras. Rodovias foram bloqueadas e os ônibus urbanos não estão circulando. O acesso por meio de balsa ao município vizinho de São José do Norte também está suspenso. No centro do município, o comércio fechou as portas durante uma manifestação.
Segundo o sindicato dos metalúrgicos, milhares de trabalhadores perderam seus empregos nos últimos meses devido à situação financeira da empresa Engevix, que constrói cascos de plataformas de petróleo na cidade. A Engevix está envolvida no esquema de corrupção da Petrobras. A crise também gera consequências em empresas terceirizadas, que estão fazendo demissões, e no comércio local, que sofre com a queda nas vendas.
Os problemas das empresas que são alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, provocam incerteza sobre o futuro do polo naval gaúcho. Um consórcio formado pela Queiroz Galvão tem contratos para a construção de duas plataformas no município, que ainda não começou. Em São José do Norte, a Toyo Setal constrói módulos para plataformas da Petrobras. Em dezembro, os sindicalistas se reuniram no Rio de Janeiro com a então presidente da Petrobras, Graça Foster, para pedir a continuidade dos trabalhos na cidade.
Publicidade
This website uses cookies.