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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

‘Trama Fantasma’ mostra o gênio de um artista e a força de uma mulher

Trama Fantasma, novo filme de Paul Thomas Anderson que estreia nesta quinta-feira, 22, é difícil de definir: fala de moda e de comida, do gênio do artista e da força da mulher. É a história do relacionamento entre o designer de moda Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis), um solteirão convicto, cuja vida é administrada pela irmã linha-dura (Lesley Manville), e a garçonete Alma (Vicky Krieps), que vira sua musa. “Não sei quem disse que se deve filmar cenas de amor como de assassinato e cenas de assassinato como cenas de romance”, afirmou Paul Thomas Anderson em entrevista ao Estado. “A euforia que se sente ao se apaixonar lembra um pouco um filme de terror. As emoções estão tão amplificadas, e os riscos são tão grandes que sua vida está em perigo, seu coração está completamente aberto e sujeito a se partir. E as repercussões podem ficar para sempre. Então é questão de vida ou morte.”

O longa-metragem está indicado para seis Oscar – filme, direção, ator (Daniel Day-Lewis), atriz coadjuvante (Lesley Manville), trilha e figurino -, mas, ganhando ou não, faz história também por ser o trabalho que Daniel Day-Lewis, vencedor de três estatuetas, anunciou ser seu último. A decisão não afetou a filmagem, no entanto. “Eu não sabia que era seu canto do cisne. Ele tomou a decisão depois”, disse Anderson. “Mas ele vinha falando disso fazia um tempo, então não foi uma grande surpresa para mim.”

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Não é diferente de Reynolds Woodcock, muito menos de Daniel Day-Lewis. Vicky Krieps, uma atriz de Luxemburgo que apareceu em A Camareira, confessou ter ficado ao mesmo tempo mais nervosa e mais relaxada do que imaginava. “No começo, finalmente caiu a ficha que estava ferrada. Porque até então tinha tentado esquecer que ia estar num filme com Daniel Day-Lewis, para ficar livre e fazer meu trabalho. Mas chegando lá foi impossível, por conta de todo o sistema à sua volta. Lá está ele! Você o chama pelo nome do personagem. Todo o mundo leva isso muito a sério. Na verdade, acho que as pessoas em volta levam mais a sério do que ele, de certa forma. Obviamente, não dava para ignorar.” Os dois não se conheceram antes das filmagens, nem conversaram sobre as cenas. “Mas sempre me senti segura porque foi algo estranho, tivemos uma conexão e uma confiança imediatas. Sempre foi muito claro como tínhamos de fazer as cenas, sem precisar discutir antes.” 

Krieps foi selecionada depois de testes com dezenas de atrizes. “Ficou bem claro para mim e para o Daniel que ela era a garota certa. Podia vestir um avental e também ficar linda naqueles vestidos. Tem um rosto que pode ser misterioso. E não tem medo de se impor. É um espírito forte”, explicou ainda o cineasta. 

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