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Trechos da região são contemplados em plano do Estado para reconstrução de rodovias e pontes

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta segunda-feira, 3, um plano para reconstruir e recuperar rodovias e pontes prejudicadas pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. A estimativa de custo para reconstrução, considerando adaptações a mudanças climáticas, pode chegar a R$ 9,9 bilhões, abrangendo toda a extensão de estradas afetadas.

No Vale do Rio Pardo, duas estradas foram consideradas obras prioritárias entre as rodovias estaduais. A ERS-403, entre Cachoeira do Sul e Rio Pardo, apresentou erosão na rodovia na altura do quilômetro 3, provocando um bloqueio parcial. Um contrato de conserva, com ou sem aditivo, será utilizado para a resolução. Ainda, a RSC-287, sob concessão da Rota de Santa Maria, também foi considerada prioridade pelo Governo do Estado, com foco em quatro trechos que apresentam bloqueio: dos quilômetros 57 ao 60 (Venâncio Aires), 135 ao 138 (Candelária), 167 ao 169 (Paraíso do Sul) e 226 (Santa Maria), devido à queda da estrutura de pontes e erosão no asfalto.

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Além disso, a ponte de Sinimbu, na RSC-471, na localidade de Linha Rio Grande, onde houve queda de estrutura, também foi colocada entre as obras prioritárias. O valor estimado para a reconstrução é de R$ 6.574.022,31 e será enviado para licitação.

O anúncio foi realizado no Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre, e contou com a presença dos secretários de Logística e Transportes, Juvir Costella, e da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. A iniciativa integra o Plano Rio Grande, um programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.

Foram apresentadas duas projeções de investimento para atender a rodovias pavimentadas e não pavimentadas | Foto: Maurício Tonetto/Secom

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O governo do Estado apresentou duas projeções de investimento para atender a 8.434 quilômetros de rodovias pavimentadas e não pavimentadas que foram afetadas de alguma forma. O custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 9,9 bilhões. “Vamos buscar viabilizar todo investimento possível, e podemos assegurar que pelo menos R$ 3 bilhões são estimados. Esse valor seria para não apenas reconstruir pontes e recompor estradas, mas também para melhorar trechos dessas estradas e qualificar toda a rodovia, garantindo conforto e segurança aos usuários”, explicou Leite.

Para agilizar o atendimento das cidades afetadas, foram definidas modalidades de contratação conforme a necessidade de cada local. Nos casos de grande impacto, será utilizada a contratação com dispensa de licitação, em regime integrado, permitindo que as fases de instrução do processo sejam realizadas em até 15 dias.  

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A categorização das estradas afetadas foi baseada em sete critérios: situação da rodovia; tempo gasto a mais em deslocamentos; quantidade de afetados; impactos na economia local; impactos na saúde; impactos na mobilidade urbana; e volume de circulação de veículos. Oito rodovias foram priorizadas para receber ações de recuperação e reconstrução, abrangendo 36 municípios. “Os critérios adotados destacam o impacto que a falta de restabelecimento da rodovia causa na região, para que possamos definir as prioridades imediatas. Essas rodovias são as consideradas essenciais, que necessitam de agilidade e resposta ágil”, disse Costella.

Além disso, foram publicados editais de licitação para reconstrução de oito pontes em sete rodovias estaduais, com valor total estimado em R$ 76,4 milhões. Todas as obras contemplam estudos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), considerando projeções de mudanças climáticas e riscos associados a eventos extremos como o ocorrido neste ano.

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A Secretaria da Reconstrução Gaúcha participou do mapeamento das rodovias e das pontes e contribuiu com a elaboração das ações necessárias para a reconstrução. Esse modelo de gestão, mais ágil e colaborativo, é a diretriz do Plano Rio Grande. Além das estradas, a estratégia de planejamento e entrega de projetos está sendo aplicado em outras áreas afetadas pela enchente – como Saúde, Educação e Infraestrutura, entre outras. “Pudemos contar com o empenho e a agilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem e das concessionárias na recuperação dos trechos de rodovias para entregar estradas em condição de tráfego, especialmente em trechos com danos graves. Esse é um trabalho importante para reconectar comunidades, viabilizar o transporte de pacientes e melhorar a vida das pessoas neste momento tão difícil”, ressaltou Capeluppi.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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