Na quinta-feira à noite, o governador Eduardo Leite anunciou a sua desfiliação do PSDB. Saiu do ninho tucano depois de 24 anos. Até então era seu único partido, o que o levou à vereança e à Prefeitura de Pelotas, depois ao governo do Estado e a fazer história como o primeiro governador reeleito – todas essas conquistas como jovem. Agora, diante da possibilidade de fusão entre Podemos e PSDB, diz entender que a legenda deixa de existir, o que abre espaço para rumar para o PSD, de Gilberto Kassab, Eduardo Paes, Ratinho Júnior, Danrlei de Deus, Ana Amélia Lemos e tantos outros.
O fato é que busca uma estrutura mais forte e capaz de agregar maior apoio para uma eventual candidatura à presidência da República. Isso vai depender da concordância do novo partido e de aparecer como melhor postulante do que Ratinho Júnior, que também mira o Palácio do Planalto. Outra opção para Leite é disputar o Senado. Em 2026, o Rio Grande do Sul deve eleger dois senadores. Pela posição do atual governador, pode ter os votos de quem admira seu trabalho, além de ser a segunda opção dos eleitores de esquerda para não abrir espaço à direita; e da direita para não abrir espaço à esquerda. Pesquisas já divulgadas mostram ampla vantagem de Leite na disputa, mas ainda é cedo para conclusões.
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O anúncio de apoio incondicional à candidatura de Gabriel Souza (MDB) ao governo do Estado feito pela família Covatti (PP) abriu um importante caminho para a vereadora Nicole Weber (Podemos). Isso porque há uma forte tendência de que a deputada estadual Silvana Covatti integre a chapa como vice de Gabriel. Assim, a atual presidente do Legislativo santa-cruzense pode ter o apoio da família no seu intento de buscar uma vaga na Assembleia Legislativa. Para isso, não é descartada a possibilidade de que ela mude para o partido do noivo, Covatti Filho, o Progressistas. Seria um caminho natural.
Com a possibilidade da ida de Nicole Weber para o Progressistas, muito tem se falado sobre mudança da família Hermany. O PSD foi cogitado nos bastidores políticos, acompanhando o destino de Eduardo Leite, que tem grande apreço pela ex-prefeita Helena Hermany. Na inauguração do escritório de representação dos deputados Pedro Westphalen e Marcus Vinícius, nessa sexta-feira, o presidente municipal do PP, Henrique Hermany, fez questão de dizer que a família continua no Progressistas, no qual fez história em Santa Cruz. Além disso, foi descartada eventual candidatura de Helena à Assembleia Legislativa. O que ela não deixa de considerar é a candidatura à Prefeitura de Santa Cruz, em 2028.
A Câmara dos Deputados aprovou o aumento do número de cadeiras, passando dos atuais 513 para 531. A tendência é que o Senado aprove e isso vire realidade, já com validade na eleição de 2026. Para a representatividade dos gaúchos, nada muda: continuam 31 parlamentares. Em Santa Cruz do Sul, de acordo com o número de habitantes apontado pelo Censo 2022 do IBGE, é possível ampliar para 19 vereadores. O assunto anualmente vem à pauta. Já foi debatido entre os parlamentares.
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A administração Sérgio Moraes/Alex Knak tem maioria no Legislativo. Vozes da oposição, no entanto, têm aparecido. É o caso de Jair Eich (PP) e Licério Agnes (PSDB). Com seus perfis moderados, dão recados ao governo.
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