A coluna “Tribuna” do último sábado trouxe um tópico que apontava as constantes cobranças, por meio de indicação, dos vereadores da base aliada em relação ao atendimento da Prefeitura de Santa Cruz, principalmente da Secretaria de Obras. O fato é que essa resposta imediata tem sido dificultada diante das condições financeiras do Município. Há um decreto de contingência e a atenção tem sido dada ao que é urgente e imprescindível, como saúde e educação.
Quem tem um buraco na rua da frente de casa, porém, quer urgência para essa questão. E o caminho mais prático para buscar reparos é o Legislativo, pois o pedido ainda ganha força política. Não se sentindo atendido, o vereador Abel Trindade (PL) criticou a administração, da qual faz parte. Seguindo a época da Semana Farroupilha, a resposta veio a cavalo. O líder do PL, Serginho Moraes, revidou a crítica e lamentou ter sido feita por um integrante da base, que está ciente da escassez de verba. Criou um climão ao dizer que a atitude do colega é de “moleque”. A situação “causou”, mas não abalou a estrutura na alta cúpula do partido. A estrutura balançou, mas segue, em primeira análise, sem rachaduras.
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Líder do governo na Câmara de Santa Cruz do Sul, o vereador Edson Azeredo (PL) fez um discurso utópico sobre a política partidária brasileira. Desejou que a próxima eleição, em 2026, não tenha Lula nem Bolsonaro.
Ponderou que ambos já fizeram muito pelo País, assim como já erraram bastante, e poderiam dar espaço para outros nomes aparecerem. Atualmente, acredita Azeredo, o que os dois líderes nacionais menos fazem é discutir o que as pessoas precisam, ficando restritos aos debates políticos.
Edson Azeredo (PL) voltou a falar sobre a necessidade da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar sobre o orçamento de Santa Cruz do Sul. O assunto sempre vem à tona quando falam em falta de recursos, pois o governo anterior defende que entregou com superávit. Azeredo disse ter havido o que chamam de pedalada da gestão anterior para a atual. A presidente da Casa, Nicole Weber Covatti (Podemos), apontou que pedalada fiscal é “crime de colarinho branco”. Foi esse um dos motivos que levaram ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ilário Keller (PP) reforçou o pedido de informações do colega Raul Fritsch (Republicanos) sobre o desempenho da arrecadação, no comparativo com 2024, o que entende ser explicador das dificuldades financeiras apresentadas pelo governo atual.
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O governador Eduardo Leite (PSD) conseguiu unir, no Rio Grande do Sul, os defensores da esquerda e da direita. Ambos os lados questionam suas atitudes. A esquerda diz que ele é de direita, mesmo com a série de programas sociais implantados em seu mandato, como o Todo Jovem na Escola, que inspirou o Pé de Meia do governo federal. A direita aponta que Leite é socialista, apesar de ter feito uma reforma administrativa contundente no serviço público e ampliado o programa de privatização de empresas, como a Corsan, e de rodovias. Terá que trabalhar bastante para ampliar o número de eleitores que não estão alinhados a um ou outro lado.
Na Assembleia foi criado um bloco de direita, liderado por Felipe Camozzato (Novo), tendo como integrante Kelly Moraes (PL), para fazer oposição a Eduardo Leite. Agregou também deputados do Podemos e do Republicanos.
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