Obra mais problemática da Olimpíada de 2016, o velódromo é alvo de uma negociação para evitar que seja desmontado. Fontes do alto escalão da União Ciclista Internacional (UCI) foram alertados durante os Jogos do Rio que o desmonte da pista estava sendo considerado, diante de um custo de manutenção que chegaria a R$ 120 mil por mês. Imediatamente, a cúpula da entidade passou a buscar alternativas para garantir que o local fosse mantido.
A instalação foi construída pela Prefeitura do Rio com recursos do Governo Federal e custou R$ 143 milhões. Foi a última obra a ser entregue. Feita de pinho siberiano, a pista do velódromo passou a ser uma das mais modernas no mundo.
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Mas essa não é a realidade nos bastidores. “A prefeitura do Rio está preocupada com os custos da manutenção e existe uma negociação, inclusive para usar madeira em outros projetos”, disse Nogare. Uma das ideias era de que a madeira fosse utilizada para um projeto social em Morro da Cruz, em Porto Alegre. O material seria usado para construir a sede, brinquedos e bancos.
O mundo do ciclismo rapidamente passou a se mobilizar para evitar que o velódromo seja desmontado. Uma das ideias em discussão desde a semana passada é de que o Ministério do Esporte repasse dinheiro para a prefeitura para ajudar com os custos do local.
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Uma delas é ainda a de transformar o Rio em uma base de treinamento da UCI para ciclistas sul-americanos que, hoje, precisam viajar até a Europa para se aperfeiçoar nas melhores pistas. “O projeto inclui transformar o Rio num centro de excelência”, contou Nogare, que foi o autor do projeto. Nas últimas semanas, o assunto chegou a ser tratado com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
Desde seu início, o local foi alvo de polêmicas. Um outro velódromo foi construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, na área do Parque Olímpico. Mas a estrutura foi erguida fora do padrão para a Olimpíada. No lugar de realizar uma reforma, a opção foi por demolir e construir um novo.
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