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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Um mergulho pelo legado e cotidiano de Renato Russo

Renato Russo consagrou-se pela força – e universalidade – de suas letras. Mas, além de poeta da música brasileira, ele também era desenhista, roteirista, cinéfilo, leitor voraz, colecionador, um grande fazedor de listas, entre outras muitas facetas. Todas elas são reveladas – ou revisitadas – na exposição inédita Renato Russo, que entra em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS) nesta quarta, 6, em São Paulo, e em O Livro das Listas – Referências Musicais, Culturais e Sentimentais de Renato Russo, lançado pela Companhia das Letras. 

Seguindo a linha já adotada em outras grandes exposições no MIS, como a de David Bowie, investiu-se em uma mostra imersiva na obra de Renato, líder da cultuada Legião Urbana. No total, são cerca de mil itens do compositor, distribuídos em nove seções, incluindo objetos pessoais, peças de vestuário, discos, livros, manuscritos, instrumentos musicais, fotos, documentos escolares, desenhos, cartas de fãs, prêmios, fanzines, folhetos e impressos.

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“Esse projeto começou em 2014, durante a exposição de David Bowie. O Giuliano veio falar comigo, disse que tinha ficado encantado com a exposição do Bowie, e queria oferecer para mim e para o MIS a possibilidade de fazer uma mostra sobre o pai dele, que ele sempre quis, mas nunca tinha encontrado um parceiro”, conta André Sturm, que assina a curadoria da exposição. Ele afirma que Giuliano não interferiu em nada na mostra. “O apartamento estava lá, quase intocado. Então, foi não só a possibilidade de fazer uma exposição do Renato Russo, mas também a de ter acesso a todo esse material inédito.”

Assim que entra na exposição, o visitante se depara com a área dedicada às influências de Renato, sobretudo na música e na literatura. “São discos, livros, CDs de óperas, mostrando os compositores que ele gostava, as bandas que ouvia. Tem discos que as pessoas talvez jamais imaginassem que ele gostava de ouvir, como os de choro”, comenta a cocuradora da mostra, Fabiana Ribeiro, que participou diretamente do projeto de organização do acervo. Após esse contato com as referências do artista, parte-se, então, para um mergulho em sua vida e obra nas demais seções. Há, claro, objetos de interesse dos fãs, como a bata que ele vestia, sua guitarra ou mesmo a carteirinha escolar.

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Renato sempre escreveu muito, até o fim da vida. Um de seus últimos projetos era adaptar em ópera “O Bom Crioulo”, de Adolfo Caminha. “Esse caderno dele é de abril de 1996, é especialmente pensado para esse projeto. Ele comprou um caderno com uma capa com dois homens numa embarcação, e o livro do Adolfo fala do romance entre dois marinheiros. É tudo bonito e bem pensado”, diz Fabiana. “Cada pessoa vai se sensibilizar por algum objeto, é difícil falar qual é o objeto mais incrível, porque tudo é muito pessoal, é um passeio pela intimidade de um gênio”, acredita André Sturm. 

As listas. Do acervo pessoal de Renato, saíram também as muitas listas que o compositor fazia, elaboradas a partir dos mais diferentes temas que lhe eram caros. Elas foram organizadas por Sofia Mariutti e Tarso de Melo no novo “O Livro das Listas”.

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