Algumas produções literárias do mundo todo foram sendo prestigiadas ao longo do tempo, e num primeiro momento talvez fosse até compreensível. A América Latina e do Norte e a Europa têm funcionado como referenciais a autores e leitores, e mais recentemente o continente africano se agregou a esse conjunto. A Ásia também passou a merecer mais atenção, à medida que as relações comerciais entre o Brasil, China, Índia e outras nações daquela área.
Nos últimos anos, finalmente um dos mais ricos e férteis conjuntos autorais tem merecido cuidados do mercado editorial brasileiro: o do mundo árabe. Cultura milenar, que na verdade se perde nas brumas do tempo, berço de algumas das grandes invenções humanas, a região árabe é apresentada a nós, na mídia, como um ambiente sempre conflituado. E em geral não percebemos que muito disso se trata de intriga dos inimigos desse bloco, que criam um cenário de terror e de aversão.
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Agora, por exemplo, chega às livrarias brasileiras o primeiro romance de uma jovem kuwaitiana: A biblioteca do censor de livros, da romancista Bothayna El Essa, de 43 anos, com tradução de Jemina Alves, foi lançado pela Instante, com 224 páginas, a R$ 79,90.
A história é instigante: em um reino não identificado, uma nação governada com mão de ferro, um censor é responsável por analisar o conteúdo de novos livros. No entanto, na medida em que aprecia mais e mais volumes, ele começa a furtar alguns deles e passa a alimentar uma biblioteca que, logo adiante, poderá se tornar um dos repositários do saber e espaço de resistência, pelo bem das futuras gerações.
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