“Há sensações que são sonos, que ocupam como uma névoa toda a extensão do espírito, que não deixam pensar, que não deixam agir, que não deixam claramente ser.
Como se não tivéssemos dormido, sobrevive em nós qualquer coisa de sonho, e há um torpor do sol do dia a aquecer a superfície estagnada dos sentidos.
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Em algum momento, todos já nos sentimos entediados. Seja no ambiente escolar, profissional, conjugal, enfim, exemplos e hipóteses pessoais e individuais não faltam.
Regra geral, o tédio pode causar cansaço, exaustão, esgotamento físico e mental. Uma variedade de sensações e humores que ensejam uma perda de sentido e significação da razão de ser da pessoa.
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Repetindo Fernando Pessoa: “É o sofrer sem sofrimento, querer sem vontade e pensar sem raciocínio.”
Ou ainda, como diz o filósofo Lars Svendsen, no livro Filosofia do Tédio, “o tédio viceja quando não temos nenhuma ideia do que queremos fazer, quando perdemos a capacidade de nos orientar na vida.”
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É generalizada a sensação ruim de que a vida passou a ser desinteressante e desestimulante. Mas há algo pior, dizem os manuais: “O tédio pode levar a atitudes impulsivas e excessivas, que não servem para nada e podem causar danos”.