Livros que nos conectam e nos familiarizam com a magia do mundo natural (afinal, o mundo em que vivemos e do qual dependemos intrinsecamente para sobreviver) sempre são salutares. Antes de mais nada, para nos lembrar de nosso papel e de nossa interdependência, para uma vida saudável, com árvores, plantas, aves e todos, simplesmente todos os demais seres. O ser humano é apenas um conviva no ecossistema, e não o dono do ecossistema.
E é isso o que nos relembra e adverte uma obra formidável que acaba de ser lançada. A trama da vida: como os fungos constroem o mundo é de autoria do biólogo e escritor inglês Merlin Sheldrake, que estuda esses seres invisíveis com o mesmo entusiasmo que um filósofo se dedica ao mundo das ideias ou um médico se debruça sobre o corpo humano. O volume, de 368 páginas, foi lançado pela editora Fósforo, com tradução de Gilberto Stam, a R$ 89,90.
O envolvimento de Sheldrake com esse tema é de uma vida toda, e ele dedicou anos e anos a pesquisar os fungos, cuja proliferação é indispensável para que outras espécies (inclusive a nossa) possam subsistir. E as descobertas que o autor foi fazendo são de deixar qualquer um de nós de queixo caído, a ponto de funcionarem, também, como uma pontual advertência sobre a degradação que estamos promovendo em nosso ambiente, e que afeta também o futuro das mais de 2 milhões de espécies desses serezinhos que existem. Uma coisa é certa: o que quer que o ser humano venha a ser no futuro, isso ele será graças aos fungos.
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