Educação

Unisc Talks reúne estudantes e fala sobre o futuro das profissões

A tarde desta quinta-feira, 29, foi de trocas de aprendizagem no Unisc Talks. O projeto busca aproximar estudantes e professores do Ensino Médio da região, do universo acadêmico, promovendo reflexões sobre o mundo contemporâneo de forma leve, envolvente e inspiradora. Na primeira edição, reuniu três palestrantes: a vice-reitora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andréia Rosane de Moura Valim; a psicóloga e professora da instituição, Makely Rodrigues; e a arquiteta e também professora, Alessandra Gobbi.

A iniciativa é organizada pelo Conexões Unisc. O coordenador do setor, Erion Lara, enfatizou que o evento é pensado especialmente para estudantes do Ensino Médio que estão começando a construir seu próprio caminho. “Nosso objetivo é ajudar vocês a enxergar novas ideias, refletir sobre possibilidades e, principalmente, mostrar que há muitos caminhos possíveis. Esperamos que vocês aproveitem cada fala, cada conversa e saem daqui com a cabeça cheia de ideias e o coração cheio de vontade de fazer acontecer.”

LEIA TAMBÉM: Araci Esteves será a homenageada do 8º Festival Santa Cruz de Cinema

Publicidade

A primeira a falar sobre como as profissões estão mudando no século XXI foi a vice-reitora, Andréia Valim. A docente falou que, desde pequenos, somos instigados com perguntas sobre o que seremos ‘quando crescermos?’. “E aí eu chamo a atenção de vocês: vir para o Ensino Superior é sensacional. Fazer um curso de graduação nos abre diversas oportunidades. Esse é o começo da definição da nossa profissão.”

Andréia também trouxe dados de que 65% das crianças que hoje estão no Ensino Fundamental vão trabalhar em profissões que ainda não foram criadas. “Isso é assustador e ao mesmo tempo desafiador. Tem uma mudança importante acontecendo e essa mudança é impulsionada por uma alteração exponencial da tecnologia, pela inteligência artificial que nos assusta e nos traz perspectivas enormes. Também vai ser motor das mudanças das profissões a sustentabilidade, que nos pregou um susto enorme no ano passado, durante as enchentes. Ainda, a globalização, em que temos oportunidades estando em outras partes do mundo. Então, essa propulsão de mudança é que faz com que tenhamos profissões sendo delineadas, sendo criadas de uma maneira diferente, sendo modificadas.” 

Em seguida, a psicóloga Makely Rodrigues falou sobre como nossas escolhas do presente constroem o futuro. Ela usou como exemplo a própria trajetória de vida quando, aos 7 anos, decidiu que queria ser psicóloga. “Tudo começa com a forma como nos relacionamos, e nós nos relacionamos muito. Nos relacionamos com nós mesmos, que é o autoconhecimento; nos relacionamos com a nossa família, que é aquela que nos dá uma bagagem para construir um futuro; nos relacionamos com os nossos sonhos, que futuro eu quero, se a profissão que eu desejo ainda não existe e, como eu vou me preparar para quando ela surgir.”

Publicidade

Por fim, a professora Alessandra Gobbi explanou sobre as carreiras Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) e como elas estão moldando o mundo. Alessandra é coordenadora do Projeto Praça STEM, que tem como objetivo despertar nos alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas de Santa Cruz do Sul o interesse pela área das exatas. Ela falou sobre o que motivou a criação do projeto. 

LEIA TAMBÉM: Santa Cruz incluirá projeto do estacionamento subterrâneo no novo plano orçamentário

“Há pesquisas mostrando que muitas dificuldades apresentadas pelos alunos nessas matérias têm a ver com a falta de compreensão. Começamos a perceber também que muitas vezes o ensino da Matemática e da Física está muito desconectado com o nosso cotidiano. Então, essa relação dos conteúdos com o cotidiano, com a teoria e a prática, faz falta. E foi um dos objetivos dos nossos desafios no Praça STEM.”

Publicidade

Exatas no radar

Guilherme Jovelino Maus, de 17 anos, é estudante do último ano do Ensino Médio na Escola Estadual Guilherme Fischer, de Vale do Sol. Com um gosto voltado mais para a área de exatas, ele conheceu o Conexões após uma visita da escola à Unisc e começou a seguir o setor nas redes sociais. Foi aí que ele soube do Unisc Talks. Ficou curioso e decidiu participar do evento. Guilherme quer ser programador. “Eu lembro que desde pequenininho eu via pessoas fazendo jogos e isso me interessava. Eu também gosto de ensinar para as pessoas, e vejo que no futuro eu possa me encaixar, me enquadrar no quesito de ser um educador e proliferar o meu conhecimento para outras pessoas”, acrescenta.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

Publicidade

Paula Appolinario

Share
Published by
Paula Appolinario

This website uses cookies.