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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Univates pesquisa a cura através das plantas

Muitas espécies de plantas são, tradicionalmente, utilizadas pela medicina popular para os mais diversos fins – na maioria das vezes, na elaboração de chás – e vêm, cada vez mais, ganhando espaço em distintas áreas de pesquisa. Na Univates, pesquisadores buscam em plantas regionais e em seus princípios ativos subsídios para o desenvolvimento de fitoterápicos ou novas moléculas para o tratamento de inflamações e outras patologias, até mesmo o câncer, e já contam com resultados promissores.

O projeto intitulado “Efeito anti-inflamatório e anticarcinogênico de extratos vegetais em cultura celular” é coordenado pela professora Márcia Goettert, doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Tübingen, e existe desde o início de 2013. Ela conta que os estudos envolvem diversos extratos vegetais de plantas da região do Vale do Taquari e de outras regiões brasileiras.
“Os materiais analisados são plantas utilizadas pela população na medicina tradicional, mas que ainda não possuem estudos científicos sobre seus efeitos”, explica Márcia. A professora acrescenta que a utilização popular oferece pistas sobre o uso e aplicação terapêutica das plantas medicinais, mas as pesquisas e avaliações mais aprofundadas podem levar a descobertas ainda mais importantes.

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Após a avaliação do extrato vegetal bruto em diversos testes para averiguar suas propriedades biológicas contra inflamação e frente a diferentes células tumorais, se houver indícios positivos, o grupo realiza a identificação destes constituintes químicos. Com o andamento dos resultados positivos, passa-se a estudar os extratos ou os constituintes fitoquímicos em animais. “Mas, antes disso, é avaliada a toxicidade dos extratos das plantas, para verificar o grau que podem apresentar, o que seria um risco à população se fossem consumidas. É muito importante conhecer bem a espécie, pois tipos diferentes podem ter efeitos diferentes, assim como toxicidades distintas. Nosso objetivo também é prezar pela segurança das pessoas, divulgando essas informações para a comunidade”, comenta Márcia.

Atualmente, o projeto conta com a colaboração do professor doutor Walter Beys da Silva, de três bolsistas de iniciação científica e de cinco alunos de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Univates. Além disso, três trabalhos de conclusão de curso de Biomedicina e de Farmácia também estão envolvidos com a pesquisa.

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De acordo com Márcia, os resultados são preliminares e ainda são necessários muitos testes, mas pode-se dizer que são bastante promissores. A pesquisa já foi apresentada em eventos nacionais e internacionais, como em Viena, na Áustria. “Os resultados indicam que algumas plantas podem ser muito eficientes nesse sentido. O plano agora é selecionar as melhores e dar continuidade ao projeto. Claro que há um longo caminho pela frente, mas com bons indícios”, finaliza a pesquisadora.

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