Cinco meses depois de ser inaugurada, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Bairro Esmeralda, em Santa Cruz, finalmente foi habilitada pelo Ministério da Saúde. A portaria foi publicada na última quinta-feira e libera, a partir de fevereiro, R$ 100 mil mensalmente ao serviço, via Fundo Municipal de Saúde.
Com a habilitação, o Estado também passa a ser obrigado a destinar outros R$ 100 mil e a Prefeitura, mais R$ 150 mil. O Estado havia se comprometido em bancar parte do serviço a partir de um acordo firmado para amortizar a dívida que mantém com a Prefeitura. No entanto, segundo a secretária de Saúde, Renice Coimbra, na prática todos os gastos da UPA vinham sendo custeados pelo Município. “É um grande alívio receber esse recurso da União”, enfatiza Renice.
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Desde que a UPA entrou em funcionamento, o governo federal deixou de repassar ao Município R$ 500 mil. Segundo Renice, ainda é incerto se o valor será pago de forma retroativa.
Redução de médicos não afetará unidades da região
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As unidades de Santa Cruz e Venâncio Aires, por serem ambas de porte 1, já funcionam com dois médicos por escala, portanto não serão impactadas com a mudança. No total, a UPA de Santa Cruz possui 20 profissionais médicos, enquanto a UPA de Venâncio dispõe de 30. Eles são distribuídos em turnos de 12 horas.
Mesmo antes de ser publicada, a portaria foi alvo de críticas de entidades médicas. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, disse que não é a crise que assola as prefeituras que impede as unidades que foram concluídas de serem inauguradas. “Em algumas cidades em que as UPAs foram construídas, não há capacidade para manter essa estrutura, devido ao porte dos municípios”, acredita. Além disso, Argollo Mendes salientou que “a mudança deve piorar o atendimento à população”.
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