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Valcke nega corrupção e diz não haver razão para renunciar a cargo

Um dia depois de Joseph Blatter anunciar que irá deixar a presidência da Fifa em meio ao escândalo de corrupção na entidade, o francês Jérôme Valcke afirmou nesta quarta-feira, 3, que não cometeu nenhuma irregularidade e que, por isso, não vê razão para renunciar ao cargo de secretário-geral. O dirigente disse que continuará em sua função atual até o fim do processo eleitoral que irá escolher o novo mandatário da entidade, entre dezembro deste ano e março de 2016.

“Não há razão para deixar de ser o secretário-geral. Não tenho nenhuma responsabilidade na crise e nem autocensura para fazer”, disse Valcke, em entrevista à Rádio France Info. O francês negou ainda ter autorizado uma transferência de US$ 10 milhões (R$ 31,5 milhões), em nome da África da Sul, para o então presidente da Concacaf, Jack Warner.

De acordo com o New York Times, as investigações conduzidas pelos Estados Unidos sobre corrupção no futebol apontaram o secretário-geral como responsável pelo pagamento desse montante, que seria uma propina paga pelos sul-africanos pelo voto do cartola centro-americano na escolha da sede da Copa do Mundo 2010. “Não tenho poder de autorizar um pagamento, menos ainda um pagamento de US$ 10 milhões e que veio de uma conta de fora da Fifa”, defendeu-se.

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“Em um determinado momento, após uma decisão do governo sul-africano, a Fifa recebeu uma carta que pedia a retirada de uma soma de US$ 10 milhões do comitê organizador do Mundial de 2010 para o programa ‘Diaspora Legacy’. Esses fundos deveriam ser controlados pelo presidente da Concacaf. Então, eles mandaram as contas indicadas por Jack Warner”, completou Valcke.

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