Geral

Valor da dívida de empresas cresce mais de 30% em um ano no Brasil e chega a quase R$ 200 bilhões

Os números de julho do Indicador de Inadimplência das Pessoas Físicas mostram que mais de 71 milhões de brasileiros estão com nome negativado, em função de dívidas nos mais diferentes credores: cartão de crédito, serviços, comércio. O volume vem aumentando e mostra uma tendência. Essa realidade, no entanto, não é apenas de quem tem CPF. As empresas também vivem uma situação desafiadora. Segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas, organizado pela Serasa, em julho chegou-se ao recorde da série histórica. São 8 milhões de CNPJs nessa condição.

Somente entre julho do ano passado e o mesmo mês em 2025, houve um aumento de 1,1 milhão de negativadas. O valor total devido subiu, no período, 31,47% somando R$ 193,4 bilhões. São 7,3 casos por empreendimento, com uma soma de R$ 24.182,2. O tíquete médio atingiu a máxima histórica: R$ 3.302,30.

LEIA TAMBÉM: Festejos Farroupilhas impulsionam vendas no comércio de Santa Cruz

Publicidade

A área de serviços mantém o maior número de credores, com 31,8% dos casos, seguida por bancos/cartões (19,8%). As cooperativas passaram a ter representatividade neste ano, sem registro em 2024 e chegando a 8,4% em julho.

Os débitos com o setor público também são expressivos. Somente entre os santa-cruzenses, mais de 600 CNPJs estão inscritos na dívida ativa, que é quando são inseridos no cadastro de devedores do Estado.

A economista Camila Abdelmalack explica que as empresas têm contraído dívidas cada vez mais altas, muito por conta do ambiente de juros elevados e a concessão de crédito mais criteriosa. Isso deixa o ambiente mais restritivo para renegociações de dívidas e prazos. “Observamos que o segundo semestre pode ser ainda mais crítico para os negócios, com as projeções de desaceleração na atividade econômica exercendo pressão ainda maior nos ganhos e na margem de lucro, principalmente para aquelas de menor porte”, avalia.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Projeto que permite venda de medicamentos em supermercados avança no Senado; entenda

As pequenas e médias empresas continuaram, em julho, sendo as mais impactadas pela inadimplência no País, segundo o indicador do sistema da Serasa. Representam 7,6 milhões do total de 8 milhões de CNPJs afetados. Juntas, concentraram 54 milhões de dívidas negativadas, somando R$ 174,1 bilhões.

De acordo com o indicador, o setor de “serviços” concentrou a maior fatia dos CNPJs negativados em julho, respondendo por 54,1% do total. Na sequência, apareceram os segmentos de “comércio” (33,7%) e “indústria” (8,0%). As categorias agrupadas como “outros”, que incluem empresas do ramo financeiro e do terceiro setor, representaram 3,2%, enquanto o setor primário completou a lista com 1,0%.

Publicidade

Em números absolutos, os estados do Sudeste concentraram o maior volume de inadimplidos (4,1 milhões), seguidos pela região Sul (1,2 milhão). No Rio Grande do Sul são 428.206 empresas negativadas.

LEIA TAMBÉM: Câmara aprova urgência para projeto de anistia; veja como deputados da região votaram

Número de empresas

Metodologia

O Indicador Serasa Experian contempla a quantidade de empresas brasileiras que se encontram em situação de inadimplência, ou seja, que possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por estado, porte e setor.

Publicidade

Em números

  • 8 milhões de empresas encontram-se com o cadastro negativado em função de dívidas.
  • R$ 193,4 bilhões é a soma dos débitos de CNPJs negativados.
  • Cada um deles deve, em média, R$ 24,1 mil,
  • tendo um tíquete médio de R$ 3,302 mil.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!

Publicidade

Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

Share
Published by
Marcio Souza

This website uses cookies.