A menina santa-cruzense Isabelly Lohanne Lopes Simões dos Santos, de 3 anos, sofre constantemente com dores nos olhos, nas articulações e na barriga e com episódios persistentes de febre alta. Ela é acometida por uma doença que, de uma perspectiva global, é rara: a Febre Familiar do Mediterrâneo (também conhecida pela sigla FMF, de febre mediterrânica familiar).
A patologia genética e autoinflamatória é mais frequente entre os nascidos nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo e por isso leva este nome, mas a situação da menina, nascida em Santa Cruz do Sul e sem ascendência conhecida daquela parte do mundo, é bastante incomum. Isabelly ainda desenvolveu um desdobramento que a evolução do tratamento e diagnóstico da doença tornam cada vez menos recorrente: a amiloidose, um acúmulo de proteínas nos rins, que causa danos renais.