Redução nas chuvas entre janeiro e fevereiro pode trazer impactos à agricultura | Foto: Fernando Dias/Seapi/Divulgação/GS
O verão começará oficialmente neste domingo, 21, às 12h03, e segue até 20 de março de 2026. A nova estação chega com a expectativa de chuvas abaixo da média em boa parte do Rio Grande do Sul e temperaturas frequentemente acima dos 30 graus. Esse cenário exige atenção tanto no campo quanto nos cuidados com a saúde da população.
Segundo o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), Flávio Varone, o início do verão será marcado por maior umidade. “O verão vai começar bastante úmido no final de dezembro, com muita nebulosidade e pancadas de chuva em boa parte do Estado”, afirma. A tendência, no entanto, é de redução gradual das precipitações durante os meses de janeiro e fevereiro.
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As chuvas previstas para dezembro devem beneficiar áreas onde o plantio da safra de verão esta em andamento, embora possam dificultar o avanço dos trabalhos em regiões onde o cultivo já foi iniciado. Em contrapartida, Varone destaca que os volumes ajudam a recompor os níveis dos reservatórios. “Outro lado bom é que os reservatórios vão atingir níveis satisfatórios em todas as regiões do Estado”, observa.
Janeiro deve apresentar um comportamento mais equilibrado. Segundo o meteorologista, o mês tende a registrar chuvas regulares, ainda que abaixo da média histórica. “Não se espera falta de umidade ao longo do mês”, ressalta. As altas temperaturas, com máximas acima dos 30 graus praticamente todos os dias, aumentam a evaporação, mas o balanço entre chuva e perda de água deve causar prejuízos. Esse cenário favorece o desenvolvimento da safra de verão.
Já fevereiro deve ser o período mais seco da estação. A revisão indica eventos de chuva mais espaçados e possibilidade de curtos períodos de estiagem, entre 15 e 20 dias. “O grande problema de fevereiro é que se esperam períodos curtos de estiagem, o que pode prejudicar principalmente as culturas de verão, como a soja, que precisa de mais umidade nesse período”, alerta Varone. A expectativa é de retomada de chuvas mais expressivas no fim de fevereiro e ao longo do tempo, encerrando o verão com volumes mais significativos. Em março, as chuvas mais expressivas devem retornar.
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Em relação às temperaturas, não são previstas ondas de calor prolongadas. Além de interferir na produção agrícola das culturas de verão, esse fenômeno também pode ter consequências para a pecuária, especialmente diante da redução das pastagens e da oferta de água para os animais.
Com o calor mais intenso, os cuidados com a saúde ganham mais importância. A médica Beatriz Sallum chama atenção para os riscos da desidratação, comum durante o verão. “A falta de hidratação adequada pode evoluir para queda da pressão arterial, desmaios e sobrecarga dos rins”, alerta. Sintomas como sede intensa, boca seca, cansaço, tontura e urina escura indicam que o organismo já sofre com a falta de líquidos.
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Idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas devem redobrar os cuidados, mantendo ingestão regular de água mesmo sem sentir sede e evitando exposição ao sol nos horários mais quentes do dia. Em casos mais graves, com confusão mental, ausência de urina por várias horas ou fraqueza extrema, a orientação é buscar atendimento médico imediato.
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De forma geral, a recomendação é que adultos consumam entre dois e três litros de água por dia, podendo chegar a quatro litros em períodos de calor intenso. Além da água, alimentos como frutas, verduras e água de coco contribuem para a hidratação. Em um verão marcado por calor frequente e menos chuva, manter atenção ao clima e aos cuidados diários será essencial para atravessar a estação com mais segurança.
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Com relação às temperaturas, a tendência é de que fiquem acima dos 30 graus. “Não são esperadas grandes ondas de calor, como em períodos de dez ou 12 dias com temperaturas próximas dos 40 graus. Não se espera isso”, acredita Varone. “Claro que em uns dois ou três dias, as temperaturas podem chegar perto dos 40 graus, mas não será a normalidade. O normal é que fiquem acima dos 30.”
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