Na mais polêmica sessão desde o início da atual legislatura, a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul aprovou na noite desta quarta-feira, 18, o projeto de lei de autoria do Executivo que corta o pagamento de vale-alimentação (de R$ 515,00 por mês) e vale-transporte a servidores em férias ou que faltam ao serviço, mesmo com atestado médico. O projeto também institui o bônus-assiduidade, que prevê o pagamento de até R$ 550,00 por ano, a partir de 2020, ao servidor municipal que não faltar durante o ano que vem. Em 2017, 70% dos 3,7 mil servidores da Prefeitura de Santa Cruz apresentaram atestado médico.
A votação teve nove votos favoráveis ao corte dos vales e sete contrários. Além da bancada do PTB, que compõe a oposição ao governo Telmo Kirst (Progressistas), o emedebista Alex Knak também votou contra a matéria. Ele faz parte da base aliada de Telmo, mas ocupou a tribuna para dizer que “falta clareza ao projeto”. Ao final da votação os cerca de 400 servidores que lotam a Câmara xingaram os vereadores da base governista e os chamaram de “vendidos” e de “corja”. Os parlamentares que garantiram a aprovação da matéria estavam visivelmente constrangidos.