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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Vida Real: O colecionador de amigos

Seu Roque chegou para o almoço perto da uma da tarde. Quando ele está em sua chácara, a três quilômetros de Monte Alverne, em Linha Júlio de Castilhos, ele não se apega a horários. E como o dia estava bom, uma terça-feira de sol quente, quis aproveitar e cuidar da plantação até escassear suas forças. Depois da refeição do meio-dia, atendeu ao telefone e, durante 22 minutos, fez uma retrospectiva sobre uma das maiores paixões de sua vida: o futebol. 

Roque Bohnen, hoje com 62 anos, conhecido como o Telê Santana das casamatas, foi convidado a falar sobre um de seus melhores alunos nos gramados: Oli Schulz. Certo dia, há mais de três décadas, o Roque treinador pegou o Oli adolescente pelo braço e disse repetidas vezes: “Vem cá, meu guri. Tua posição não é a de goleiro. Tu ‘tem’ que ser volante ou zagueiro”. E o Oli, menino, morador de Linha Vitorino Monteiro, obedeceu a seu professor. O campo era o do Esporte Clube Gaúcho, com poucos pés de grama e cheio de pedrinhas, quando a época dos calçados kichutes estava no auge. “Eu aposto em ti, e tu ‘vai’ ser o meu capitão”, reforçou seu Roque. 

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Trajetória

Aos 18 anos, e querendo continuar seus estudos, Oli mudou-se para Santa Cruz do Sul, morou em uma pensão, trabalhou como repositor em mercados e, aos 25 anos, atuou como gerente de vendas por uma década na extinta loja Hermes Macedo. Agora, é empreendedor em uma loja de materiais de construção. Mesmo morando em Santa Cruz, Oli sempre manteve seus vínculos com os amigos de Monte Alverne. Além de Santa Cruz, atuou em equipes de Sinimbu, Vale do Sol, Vera Cruz, Venâncio Aires e Boqueirão do Leão. Oli é o terceiro filho de oito irmãos, do casal Beno e Nélsi Bohnen, que hoje moram em Venâncio Aires.

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