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VÍDEO: Helena promete nova reforma administrativa

No primeiro dia após o pleito, prefeita eleita (na foto, recebendo os cumprimentos de simpatizante) anunciou que vai reduzir o número de secretarias municipais. Também falou sobre como será sua relação com a Câmara e antecipou que seu gabinete não deve ser no Palacinho

Helena Hermany (PP) já definiu o seu primeiro ato enquanto prefeita de Santa Cruz. No dia 4 de janeiro, primeiro dia útil após a posse, vai visitar todas as secretarias municipais para, em suas palavras, “pedir o engajamento” dos mais de três mil servidores.

Menos de 12 horas após a confirmação de sua vitória, ela concedeu entrevista à Rádio Gazeta na manhã dessa segunda-feira, 16 (confira no vídeo abaixo), pouco antes de seguir para sua chácara em Vale do Sol, onde iria comemorar com os aliados e descansar da campanha por alguns dias. Embora tenha menos de um mês e meio para montar o governo, ela não pretende fazer qualquer anúncio antes da semana que vem.

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Apesar disso, antecipou algumas prováveis decisões. Uma delas é de instalar o seu gabinete no mesmo local que ocupa hoje, no pavilhão central da Oktoberfest – que já foi utilizado por chefes do Executivo em governos do PTB – e não no Palacinho. “Acho que o Palacinho está com uma aura muito negativa”, disse ela, em uma nova menção velada ao prefeito Telmo Kirst (PSD), com quem rompeu em março do ano passado e que até agora não se manifestou publicamente sobre a sua vitória.

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Helena também reiterou dois compromissos feitos durante a campanha. Primeiro, o de criar um conselho de voluntários pró-desenvolvimento de Santa Cruz para, conforme ela, ampliar a participação da comunidade na administração pública. Depois, promover uma reforma administrativa na Prefeitura, reduzindo o número de secretarias municipais. Suas ideias incluem unir as pastas de Habitação e Desenvolvimento Social, além de colocar a Guarda Municipal e os agentes de trânsito sob o mesmo teto – hoje a Guarda está vinculada à Segurança, enquanto os azuizinhos estão atrelados à pasta de Transportes.

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O que mais disse Helena

Cumprimentos de adversários
Helena confirmou ter recebido cumprimentos de “quase todos” os adversários pela vitória. “Achei um gesto muito bonito de me cumprimentarem, desejarem sucesso. Achei muito legal”, disse.

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Diálogo com Telmo
Questionada se buscaria retomar o diálogo com o prefeito Telmo Kirst (PSD) por causa da transição, descartou. “Ele não fala comigo há dois anos. Acredito que ele também não queira falar. E sei que tem secretários que não falam com ele há mais de um ano.”

Apoio na Câmara
Embora tenha pela frente o desafio de erguer uma base de apoio na Câmara (o PP terá apenas três em um universo de 17 vereadores), Helena criticou o que chamou de “política de cooptar vereadores”. “O vereador tem que ter o direito de votar de acordo com a sua consciência”, disse. Questionada, porém, se irá convidar outros partidos para compor o governo, respondeu que só irá pensar no assunto a partir da semana que vem.

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Secretariado
Helena também repetiu que pretende priorizar nomes de perfil técnico para o secretariado e criticou nomeações feitas para o primeiro escalão no atual governo. “Eu vi cada nomeação de secretários ultimamente que, meu Deus do céu, não tinha nada a ver. E eu quero pessoas que tenham empatia com a comunidade”, afirmou.

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Votação baixa
Com 24,6 mil votos – menos do que obteve quando perdeu a eleição em 2008 e 17,5 mil menos do que Telmo Kirst recebeu em 2016 –, Helena disse que já esperava uma votação mais baixa em função da fragmentação da disputa e do alto número de abstenções.

Corsan
Helena também voltou a se comprometer com a retomada de uma comissão na Prefeitura para fiscalizar o cumprimento do contrato da Corsan. Ressaltou que irá adotar uma postura mais dura com a estatal. Não descartou, inclusive, denunciar o contrato, a exemplo do que fez em 2008, quando ocupou o cargo de prefeita por oito meses. “Já denunciei o contrato uma vez. Posso denunciar de novo. Não me custa.”

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