O Porto de Rio Grande é uma das principais vias de contato comercial do Rio Grande do Sul, do Brasil e da América do Sul com o mundo. É pelo Tecon Rio Grande, empresa do grupo Wilson Sons, terminal de contêineres que opera as principais linhas marítimas que ligam o País a todos os continentes, que é embarcado, por exemplo, grande parte do tabaco colhido na região Sul do Brasil, o que inclui a produção industrial de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo.
A proeminência de Rio Grande e de sua moderna estrutura pôde ser medida uma vez mais na semana passada, quando o porto recebeu um dos gigantes dos mares, um colosso capaz de magnetizar as atenções por onde quer que passe. Trata-se do moderníssimo navio de contêineres Ever Laurel, construído em 2012, do armador chinês Evergreen, que navega sob bandeira de Singapura e tem impressionantes 335 metros de comprimento e 45,8 metros de largura.
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Conforme o diretor comercial do Tecon Rio Grande, o santa-cruzense Renê Wlach, 56 anos, o Ever Laurel foi o terceiro navio com mais de 300 metros de comprimento que o porto recebeu em junho. No começo do mês, o Tecon já havia recebido o Mol Beauty, do armador One, originário de Hong Kong, com capacidade de 10.000 TEUs, com 337 metros de comprimento e 48 metros de largura; e o gigante Kota Pemimpin, que navega sob bandeira de Hong Kong.
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E o diretor superintendente do Porto, o administrador Fernando Estima, reforça que Rio Grande hoje se situa entre os melhores portos do Brasil e também do mundo. É um diferencial de competitividade que assegura aos produtos do Rio Grande do Sul e do Sul do País excelentes condições de se inserirem em todos os mercados mundiais, e, em sentido contrário, de se abastecerem com as matérias-primas e os insumos indispensáveis às suas operações.
Desde 2012, o porto de Rio Grande já operou 274 embarcações do porte do Ever Laurel, beneficiando-se da condição do amplo canal de acesso com 18 metros de profundidade externa e 16 metros internos, possibilitando a manobra e a atracação dos meganavios. A Wilson Sons é o maior operador integrado de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, e atua há mais de 180 anos.
Conexão com o mundo, e com o interior
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E Estima observa que o Porto não está preocupado apenas com seu papel no escoamento dos produtos gaúchos e brasileiros para o mundo, mas igualmente em promover a interiorização de seus serviços para as diversas regiões do Estado. A navegação pelo interior, até os portos públicos de Pelotas e de Porto Alegre, bem como até os 11 portos privados de diversas cidades gaúchas, tem sido uma prioridade. Destes, navios e barcaças levam a produção (grãos, como soja, arroz e milho; ou celulose) até Rio Grande, e na viagem de volta carregam insumos, fertilizantes e outros produtos aos portos do interior.
Ao mesmo tempo, a soja tem sido encaminhada por barcaças a Rio Grande, onde é esmagada, e no retorno a mesma barcaça leva o biocombustível para o interior, numa logística reversa perfeita. “Com isso, buscamos integrar ao máximo os modais, e tornar mais presente o uso do modal hidroviário, que se casa com o rodoviário a partir dos portos do interior. Ou seja, já não será necessário que todo o escoamento ocorra por caminhões pela longa distância até o porto de Rio Grande.”
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