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VÍDEO: presos na Operação Revanche integram maior facção do Vale do Rio Pardo

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Dois homens, de 22 e 36 anos, e duas mulheres, de 30 e 31, foram presos em Santa Cruz na manhã de quarta. Outro indivíduo, de 27, foi capturado em Santa Catarina

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Fruto de um trabalho conjunto de investigação das delegacias da Polícia Civil de Vera Cruz e de Santa Rosa do Sul, Santa Catarina, uma operação prendeu cinco pessoas na madrugada de quarta-feira, 25. Foram quatro presos em Santa Cruz do Sul – dois homens, de 22 e 36 anos, e duas mulheres, de 30 e 31 – e um homem de 27 anos em Sombrio (SC).

Segundo a polícia, o quinteto integra a maior facção de traficantes em atividade no Vale do Rio Pardo. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, seis em Santa Cruz e um em Vera Cruz. Aparelhos celulares e cadernos de anotações foram apreendidos. Segundo o delegado Paulo César Schirrmann, a investigação iniciou-se a partir de um homicídio em Vera Cruz, quase na divisa com Candelária, em 23 de maio, quando um corpo foi encontrado dentro de um veículo carbonizado.

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Segundo a Polícia Civil, o primeiro homicídio teve relação com a disputa por um ponto de venda de drogas na zona rural de Vera Cruz. “Não é fácil chegar à autoria em crimes de execução, com mortes encomendadas. Nesse caso, conseguimos em virtude de algumas diligências. Compartilhamos as informações que tínhamos com a equipe de Santa Catarina, para que chegássemos ao desfecho de hoje”, comentou Schirrmann.

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Os quatro presos de Santa Cruz do Sul foram levados a Santa Catarina, onde cumprirão prisão temporária no Presídio Estadual de Araranguá, assim como o preso em Sombrio. Eles irão responder por homicídio qualificado. Conforme o delegado Coltro, não está descartada a possibilidade de mais qualificadoras serem elencadas no decorrer do inquérito e ampliarem as penas. Ao todo, 25 agentes trabalharam na Operação Revanche, que contou com o apoio das DPs de Santa Cruz.

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Constatou-se, então, que um corpo estava no interior do carro. Era Bego. A necropsia apontou que o homem havia sido assassinado a tiros e facadas. Depois disso, o cadáver foi carbonizado junto ao veículo. A polícia apurou que na noite anterior, 22 de maio, teria ocorrido uma desavença em um bar entre Bego e Rodrigo da Silveira, conhecido como Digo, 30 anos.

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Bego, de 37 anos, foi assassinado e teve corpo queimado dentro de seu veículo

Segundo a polícia, os dois pertenciam à maior facção criminosa da região. A disputa por um ponto de tráfico de drogas que funcionava no bar de Digo, na Travessa Becker, interior de Vera Cruz, teria sido a causa do crime. Bego teria interesse em dominar o local, o que teria provocado uma rixa interna entre os traficantes. De acordo com as investigações, Digo teria assassinado o homem de 37 anos.

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Contudo, a morte de Bego desencadeou a fúria de uma parte da facção ligada à vítima. Dos presos na quarta, ele era irmão da mulher de 31 anos e cunhado do homem de 36, conhecido pelo apelido de Gordo. O casal, detido na própria residência, na Rua Bruno Agnes, altos do Bairro Bom Jesus, é apontado como o atual líder da facção.

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Digo, de 30 anos, foi morto e jogado em área de mata em Santa Catarina

Investigação rastreou veículo utilizado pelos assassinos
Um homem de 22 anos, conhecido pelo apelido de Bebê, foi preso pela Operação Revanche em casa, na Travessa Krug, Bairro Pedreira. Ele teria sido o autor do assassinato de Digo. A outra mulher presa, de 30 anos, é a viúva do homem encontrado carbonizado e foi presa no local de trabalho, no Bairro Várzea.

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Na mesma noite da morte de Bego, o bar de Digo foi incendiado em represália ao assassinato. Com medo, Digo fugiu para Novo Hamburgo e seguiu para Torres, ainda no Rio Grande do Sul. Na sequência, foi para o litoral catarinense, em Passo de Torres, vindo a fixar residência em Balneário Gaivota. O quinto homem preso, em Sombrio, conhecido como o Tatuador, teria indicado, mediante pressão de criminosos, o lugar onde Digo teria se escondido.

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Corpo de Bego foi encontrado dentro de um carro

Os investigadores rastrearam o Chevrolet Celta branco, com placas de Vera Cruz, que pertencia à mulher de Bego e foi utilizado pelos criminosos no deslocamento até Balneário Gaivota, onde eles sequestraram Digo. “Esse veículo pertencia, inicialmente, a um morador da zona rural de Vera Cruz. Descobrimos essa pessoa, para quem havia vendido o carro e em qual revenda, chegando ao nome da pessoa envolvida no crime”, explicou Schirrmann.

O vera-cruzense foi arrebatado de casa no dia 4 de junho, por volta de 0h50, por homens armados. Seu corpo foi encontrado com 50 marcas de tiros, em estado avançado de decomposição, por trabalhadores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que realizavam roçadas às margens da BR-101 em 19 de junho, próximo ao viaduto que dá acesso a Passo de Torres.

Corpo de Digo foi encontrado às margens da BR-101, em 19 de junho | Foto: Romildo Black/Portal Agora

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