Uma semana após a derrubada do projeto de lei que autorizava a venda do prédio do antigo Presídio Municipal, o vice-líder do governo na Câmara de Vereadores Hildo Ney Caspary (PP) reagiu às declarações de Elo Schneiders (SD) de que teria orquestrado a derrota do Palacinho. Em meio a um bate boca na tribuna, Caspary referiu-se ao colega usando palavras como “covarde” e “moleque” (a discussão começa à 1h19min18seg do vídeo abaixo).
Considerado estratégico porque poderia injetar mais de R$ 3 milhões nos cofres municipais no momento em que o governo quebra a cabeça para conseguir fechar as contas do ano sem deficit, o projeto acabou derrotado por 8 votos a 7 na segunda-feira da semana passada. A maioria governista ficou comprometida porque Schneiders faltou à sessão, alegando problemas de saúde. Na quinta-feira, ele falou sobre o assunto em entrevista à Rádio Gazeta. Afirmou que setores da comunidade estavam atribuindo a culpa pela derrota a ele e abriu as baterias contra Hildo Ney e o líder de governo Edmar Hermany (PP), acusando-os de “maracutaia” e “conchavo” para evitar a aprovação do projeto.
A resposta de Caspary veio ontem. Visivelmente irritado, o progressista, que é empresário do setor da construção civil, argumentou que o projeto foi levado à votação porque não se esperava votos contrários por parte das bancadas de oposição. “Foi um cochilo, sim. Eu não entendia que em um momento tão difícil nós não teríamos votos”, disse. Dirigindo-se diretamente a Schneiders, que estava no plenário, disse que o colega faz “acusações maldosas” e “ataca as pessoas de forma traiçoeira”. “Vossa excelência mentiu para a comunidade de forma deslavada e covarde. Isso não é coisa de homem, é conversa de moleque. Eu tenho mais de 30 anos de vida pública”, disparou.
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Hildo Ney, que subiu três vezes à tribuna para falar do assunto, também disse que Schneiders deve explicações à população sobre qual seria o esquema em torno da venda do prédio. “O senhor vai ter que provar para a comunidade como se faz maracutaia na compra de um terreno público, que só pode ser vendido por meio de leilão. Isso mostra um desconhecimento técnico absurdo”, criticou. O progressista ainda insinuou que Schneiders agiu com outros interesses. “Mentira tem perna curta, o tempo vai falar o que tem por trás disso.”
ASSISTA A DISCUSSÃO, QUE COMEÇA À 1h19min18seg, NO VÍDEO ABAIXO
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