Polícia

Vídeos de cirurgias clandestinas de suposto médium somavam quase 50 mil visualizações

Em ação no fim da tarde da última quarta-feira, 5, agentes da Delegacia de Polícia de Rio Pardo, acompanhados de peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da Vigilância Sanitária Municipal, fecharam um centro espírita na Vila Fahrion, em Rio Pardo. No local, um homem de 44 anos, que se denominava médium, realizava cirurgias. Ele não tem formação na área médica e atuava em ambiente impróprio para a prática da Medicina.

Chamou a atenção da polícia o fato de o suspeito gravar e postar as cirurgias no YouTube há pelo menos dois meses. O canal do suspeito, ativo desde 28 de agosto de 2018, tem 119 inscritos, 281 vídeos e 192 shorts (vídeos curtos). A maioria dos conteúdos mostra as cirurgias realizadas sem o devido cuidado. Até a manhã de quinta-feira, 6, o canal permanecia no ar e já tinha alcançado pouco mais de 49 mil visualizações.

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O delegado Anderson Faturi, titular da Delegacia de Rio Pardo que comanda as investigações, explica que a polícia tomou conhecimento após receber denúncias e confirmar a existência das postagens. “O investigado fazia cortes, incisões, suturas e outros procedimentos invasivos nas pessoas em local inadequado e com grave perigo à saúde dos usuários, os quais ficavam expostos a danos e infecções”, diz. Ele confirmou que não recebeu registros de ocorrências por parte das pessoas atendidas pelo suspeito, relatando problemas ocasionados pelas cirurgias.

No cumprimento do mandado de busca e apreensão, os agentes recolheram material que será submetido à perícia para identificar a natureza e a procedência. O investigado foi intimado sobre a proibição de realizar qualquer procedimento médico no local, conforme medida cautelar solicitada pela Polícia Civil e deferida pelo Judiciário. Ele poderá ser preso caso não cumpra a medida.

Um inquérito foi instaurado para apurar os crimes de exercício irregular da medicina e curandeirismo. “Não descartamos a possibilidade de estar ocorrendo crime de estelionato, se comprovarmos que ele recebia valores”, detalha o delegado. O suspeito responderá ao inquérito em liberdade.

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Tiago Garcia

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