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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Vírus político

Temos um novo ministro da Saúde, mas vai longe a esperança de despolitizar um tema que é da Medicina, não da política. As eleições do ano que vem, para presidente e governador, agravam a fusão letal do coronavírus com a política. A mistura já tem mais de ano e à medida que se aproxima outubro de 2022, alguns se exaltam, outros se desesperam. Governadores de esquerda querem formar uma frente contra o coronavírus, embora se perceba que, nesse caso, coronavírus é pseudônimo para Bolsonaro. A disputa políticoeleitoral não combate o vírus porque o alvo é outro. E a virulência política atinge, como dano colateral, vidas e emprego.

A questão não é apenas brasileira. A prevalência de decisões com viés político prejudica a maioria dos países no combate à pandemia de Covid-19. Até a OMS, que tem excelentes técnicos, também tem dirigentes que são políticos. O diretor-geral, Tedros Adhanom, é um biólogo que foi ministro da Saúde e depois ministro de Relações Exteriores da Etiópia. A Corte de Justiça de Weimar – sede da primeira república alemã –, ao declarar o lockdown inconstitucional, afirma que ele é uma decisão política, sem base na ciência.

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Convidem, meio-a-meio, os do “fique em casa” com dipirona e os da prevenção e tratamento inicial com coquetel de medicamentos conhecidos e baratos. Que discutam e busquem luzes, imunizados da política e das eleições. A crise é sanitária, para ser tratada com a ciência e arte dos resultados e da experiência. E quando se chegar a uma conclusão, que o país a acate como política nacional, respeitando a liberdade de médicos e pacientes. Porque a solução não está na política, mas na medicina. Na política está só o problema.

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