Em 2014 houve queda no número de estrangeiros que obtiveram autorização para trabalhar no Brasil. O número foi de 47.259, o que representa 24% a menos do que em 2013. A diminuição aconteceu principalmente porque dois tipos de trabalhadores passaram a prescindir da permissão do Ministério do Trabalho: os temporários que vêm para transferir tecnologia e os funcionários de turismo naval.
“Precisávamos desburocratizar e acelerar alguns processos. Foi o caso dos estrangeiros que vêm para dar assistência técnica que ficam por até 90 dias. Delegamos essa autorização para ser feita pelo Itamaraty”, diz Paulo Sérgio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração e secretário de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho.
Mas as novas regras não explicam toda a queda. Segundo Leonardo Cavalcanti, do Observatório das Migrações Internacionais, os vistos que deixaram de ser exigidos representam 73% da diminuição em relação a 2013. Portanto, no ano passado, o Brasil recebeu cerca de 4.000 trabalhadores estrangeiros a menos.
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Para Almeida, é uma flutuação normal, principalmente “quando há uma diminuição do crescimento da economia”. As autorizações permanentes, que não são impactadas pelas mudanças de resoluções que passaram a valer no ano passado, caíram um pouco, de 2.959 para 2.836.
Marta Mitico, sócia de um escritório de advocacia especializado em auxiliar estrangeiros a obter papéis para trabalhar no Brasil, nota que houve diminuição de procura em quase todas as categorias de vistos, inclusive no de investidores.
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