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Vivendo em sociedade(s)

Os últimos dias me possibilitaram reviver momentos marcantes de vida em sociedade, ou de sociedades, ao participar novamente e com mais intensidade de eventos das organizações típicas da colonização germânica em nosso meio, para as quais dediquei especial atenção na sua valorização, legalização e apoio em período de atividade pública. No final de semana, convites de dois grupos formados em fase mais recente, onde também foi possível ter participação relevante, permitiram aquilatar bem o papel que representam e do qual as pessoas integradas não podem abrir mão, em respeito às suas peculiaridades históricas e identificação cultural.

De um lado, uma sociedade esportiva constituída há 35 anos em Monte Alverne (Associação Atlética Veteranos) comemorou a data de criação (interessante para quem gosta de números: 08/08/88) no último sábado, por iniciativa do incansável primeiro presidente, Arno Heck, reunindo fundadores, ex-presidentes e atletas que seguem hoje em categoria especial dentro do vitorioso e já sexagenário clube São José, ao qual já se mantinha ligada. Recordando a sua história, reafirmou-se a sua relevância em organização e realização de encontros marcantes de muita gente, cientes de que a vida que vale a pena é feita de vivências em sociedade.

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No domingo à tarde, o calor humano se associou à atípica alta temperatura hibernal em uma bela e grande festa que marcou os 25 anos de existência do Clube de Mães Unidas Rio Branco, da Linha Saraiva, 5º distrito santa-cruzense, ao Norte de Monte Alverne. Como padrinho de sua bandeira, ao lado da madrinha Adélia Mayer, foi possível vivenciar toda a magia dessa integração comunitária estabelecida nos moldes das organizações sociais originais dos imigrantes europeus, no caso os alemães, cuja chegada está prestes a completar 200 anos no Estado e 175 anos em Santa Cruz.

Vale ressaltar que o grupo, iniciado com cerca de 40 integrantes, reúne hoje 120 associadas, sob a presidência de Silaine Beling e uma diretoria atuante, revelando a força e união da mulher do nosso interior, que consegue manter viva uma forma reverencial de reunião social, com muita vibração e participação, oferecendo estímulo aos grupos de homens, hoje com dificuldade de atrair jovens. Sob a coordenação de Lisane Müller e Maria Rabuske Gollmann, o clube relembrou em painel e homenagens a sua trajetória jubilar e empossou a nova Mãe do Ano (Sirlei Keller) e a Simpatia (Iris Peiter), eleitas de forma democrática pelas colegas, e tendo inclusive o importante prestígio das soberanas da festa que destaca Santa Cruz na área, a nossa Oktoberfest, em sua 38ª edição.

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Aliás, vale registrar também a constante presença da atual e simpática corte (Camila Schaeffer, Daniela Schoeninger – esta inclusive natural daquela região, e Marília Fischer) nos eventos típicos do nosso interior, a reforçar a sua indispensável aproximação com o grande acontecimento do Município. Assim como é preciso enaltecer o auxílio que está sendo oferecido pela Prefeitura, conforme anunciou no dia 25 de julho a prefeita Helena Hermany, para apoiar essas entidades tão representativas da nossa cultura. São todos gestos que realçam a imprescindível valorização das nossas tradicionais iniciativas de organização associativa, reafirmando que somos seres sociais por natureza, que nos chama a viver em sociedade, ou sociedades, onde nos sentimos bem e em casa, para respondermos com autenticidade à nossa essência e nossa identidade.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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