Vivemos um ano pré-eleitoral. O RS e o Brasil têm problemas urgentes, mas a sensação é de que não saímos dessa dualidade de radicalização/grenalização que empaca o País desde 2018.
Manchete recente revela que mais de 20 mil gaúchos atingidos pelas enchentes ainda estão sem casa. Mas basta ouvir rádio e assistir TV para sermos ofendidos com a enxurrada de publicidade dos governos federal e estadual. Por que tanta propaganda? Quais produtos eles vendem que justifiquem tantos comerciais?
A realização de eleições a cada dois anos é um assunto que suscita acalorados debates. O gasto a cada pleito soma quantias extraordinárias, capazes de reduzir o déficit habitacional dos flagelados pelas enchentes de 2023 e 2024. Antes, as disputas eleitorais abrangiam todos os cargos a cada edição.
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A demonização da política por parte de parcela da imprensa transformou os cargos eletivos em monstros assustadores. Profissionais de sucesso, que atuam nos mais diversos segmentos de atividade, rechaçam sem hesitar qualquer convite para disputar eleições.
– Bem capaz que vou me misturar com esta gentalha e ser chamado de corrupto sem ao menos ter cometido crime algum! – argumentam cobertos de razão.
Falar mal de política – e dos políticos – abre generosos espaços para que toda sorte de vigaristas, estelionatários de esperanças e enganadores em geral tenha terreno fértil para progredir.
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É ínfimo o índice de notícias positivas, aquelas que mostram experiências inspiradoras desenvolvidas em inúmeros municípios e estados. Há uma generalização nociva, que contagia todo noticiário político. E como sabemos, “toda a generalização é injusta”.
No cenário brasileiro, nada mais atual que a frase creditada a Platão: “Quem não gosta de política, está condenado a ser dirigido por aqueles que gostam”. Esse é o fenômeno que assistimos todos os dias ao deparar com as notícias. Personagens flagrados em atos criminosos em operações da Polícia Federal e do Ministério Público somem, mas reaparecem em seguida, ocupando cargos de destaque.
Estes são políticos “profissionais” que conseguem anular condenações, minimizar acusações, revogar prisões e fazer com que seus processos enveredem pela prescrição. Com dinheiro ilícito, sustentam escritórios de renome especializados em torpedear todo tipo de delito. São mantidos pela rapinagem do meu, do seu, do nosso dinheiro ganho com suor e surrupiado através de impostos injustos.
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Em 2026 vamos escolher presidente da república, governador do Estado, senadores e deputados federais e estaduais. Urge pensar no voto consciente, reflexivo e comprometido com os destinos do RS e do Brasil. O voto é a única arma eficaz, democrática e legítima para punir quem não respeita o eleitor.
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