A obrigatoriedade do voto, somada aos escândalos protagonizados por agentes políticos, deve ampliar o desinteresse do eleitor em relação ao pleito municipal. Em condições normais, esse fenômeno deveria provocar o comportamento inverso. Diante dos desmandos, o cidadão deveria fazer prevalecer o voto, instrumento democrático que permite aperfeiçoar suas escolhas equivocadas.
A eleição municipal tem uma característica única: a proximidade dos candidatos com o seu eleitorado. Os pretendentes ao mandato de vereador e prefeito são conhecidos da população, principalmente nos municípios de pequeno e médio portes. A conduta social, a experiência profissional, a trajetória junto a entidades locais, a coerência entre discurso e prática. Tudo isso pode ser aferido mediante o simples balanço da vida dos futuros representantes.
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Nem sempre o parceiro de churrascos, de futsal ou de viagens de turismo é o melhor nome para representar com competência os interesses da cidade. No caso da disputa para a prefeitura, exige-se um mínimo de experiência em administração de algum empreendimento público ou privado. Por mais qualificada que seja a equipe de assessores e secretários a ser estruturada em caso de vitória, “melhor manda quem melhor faz”.
Dos vereadores espera-se vivência comunitária, conhecimento dos problemas estruturais do município e discernimento para empreender iniciativas para encarar esses desafios. É na cidade que a vida acontece. É onde os impostos são gerados, mas devolvidos majoritariamente ao Estado e à União.
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Municípios prósperos unem os mais diversos segmentos assim que a eleição se encerra. As sequelas devem ser cicatrizadas, as mágoas arquivadas e as forças unificadas. Isso é indispensável para combater a violência infantojuvenil fomentada pelas drogas, além de fazer frente ao flagelo do desemprego e para enfrentar as mazelas da saúde. E você, eleitor, conhece como ninguém os candidatos aptos a comandar os destinos de sua comunidade.