A era após a Covid-19 já começou. A pandemia será lembrada como o marco da mudança do século 20 para o 21. Saltamos em pouco tempo de um mundo simples para um mundo orgânico, volátil, ambíguo, que nos convida a viver tudo ao mesmo tempo.
Trabalhar menos, ganhar menos, viver mais e melhor, talvez este seja o chamado atual. Gastar tempo excessivo atolado em tarefas, lutando pela sobrevivência, vivendo de forma miserável e distraído das experiências mais interessantes da vida foi uma fórmula de fracasso absoluto. A vida em si é nosso maior trabalho.
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O trabalho e a vida se fundem e devem trocar de posição na relevância na escala humana. Trabalhar deixou de ser um fardo, e se tornou um laboratório divertido de experiências coloridas.
As novas gerações têm ambições sociais e menos interesse em ambições pessoais. Escolhem viver todas as experiências de forma abundante, sabendo que vida sem propósito é uma péssima escolha, e que autenticidade e alto respeito por si mesmo são valores essenciais de uma vida bem sucedida.
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A expansão da consciência anda acelerada. Clamamos mais do que nunca por ética, sustentabilidade, coletividade e restauração do nosso planeta, e este é mais um caminho sem volta. O futuro exigirá de todos nós um enorme compromisso com a diminuição das tensões e dos dilemas intergeracionais.
O mundo digital deu início a pelo menos vinte anos de mudanças e transformações. A pandemia elevou o nível da régua de triagem da sociedade. Inúmeros negócios já deixaram de existir, não por conta de crise econômica, mas talvez pela miopia ou procrastinação das mudanças na gestão. Nossa cultura é responsiva não estratégica e seguimos como um pobre gigante congelado, que muda seus personagens mas não muda o modus operandi do sistema. Omissão formal com sua responsabilidade global, dinheiro na cueca, falácias, conluios e discursos vazios.
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