Pela primeira vez, o CTG Lanceiros de Santa Cruz conquistou um título em nível estadual na Ciranda Cultural de Prendas. Amanda Kothe Bartz, de 13 anos, foi eleita, no último sábado, 11, a 2ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul na 50ª do evento. Esse é também o primeiro título da 5ª Região Tradicionalista (5ª RT) nos últimos dez anos.
Amanda conta que começou a frequentar o CTG aos 5 anos de idade. Até então, ela também era a 1ª Prenda Mirim da 5ª RT. “Eu danço na invernada, canto e declamo, e atualmente sou 2ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul”. Para se preparar para as provas, Amanda comenta que é necessário estudar disciplinas como a história e a geografia do Rio Grande do Sul, além da tradição e do folclore.
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Neste ano, em razão da pandemia, as provas aconteceram de forma diferente, aumentando de 30 para 50 questões. “Haveria uma prova oral; prova artística com dança e declamação e também a mostra, que é uma pesquisa. Neste ano foi uma ciranda extraordinária e nada disso pôde acontecer, então fizemos somente a prova com 50 questões. Teve também a pesquisa que desenvolvemos e que foi entregue por e-mail ao Movimento Tradicionalista Gaúcho”, explica a jovem.
Para Amanda, participar de atividades no CTG Lanceiros é uma paixão e conquistar o título estadual, um sonho que se realizou após três anos de preparação e muito estudo. “Eu amo muito o CTG. Esse era um sonho grande que eu tinha e é algo muito difícil. Foi uma longa caminhada, três anos estudando e me dedicando”. Assim como Amanda, o irmão dela, Gabriel Kothe Bartz, de 11 anos, participa das atividades e é Piá da 5ª RT. A mãe, Sirlene Kothe, enfatiza que desde cedo fez questão de os filhos participarem do movimento tradicionalista. “Eu sempre penso que o CTG é um dos melhores lugares para uma criança ou adolescente. Levei eles realmente porque achei que seria o melhor caminho”, diz.
A segunda mãe
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Marisa, por sua vez, salienta que o mais importante para os jovens que participam das provas – como o Entrevero Cultural de Peões e a Ciranda Cultural de Prendas – é o aprendizado. “Pode parecer que é muito estudo, mas o aprendizado que eles ganham compensa qualquer esforço e isso acrescenta na vida pessoal deles. Eles têm uma qualidade, eles amadurecem, crescem como pessoas e acabam se tornando uma referência no tradicionalismo. As outras crianças costumam ver as prendas e os peões com outros olhos, com um olhar mais atencioso”, frisa.
A jovem que agora é 2ª Prenda do Rio Grande do Sul já pensa no futuro e afirma que pretende continuar estudando e se dedicando para também concorrer às categorias de prenda juvenil e adulta.
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