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Amor e liberdade

No último final de semana, enquanto eu mateava, escutei uma música prestando bastante atenção em sua letra. Chama-se “Mais uma vez”, interpretada pela banda mineira Jota Quest. A maioria das pessoas pode entender que essa música fala dum “tempo” que a relação precisou ter ou de um fim que ambos entraram em consenso que seria melhor para os dois.

Escutando atentamente a canção, eu entendo que não houve rompimento nenhum na história. Parece-me que tenha ocorrido só um afastamento físico temporário, o que pode acontecer por diversos motivos. Sei da importância dos momentos só do casal, mas também considero fundamental que momentos em que o casal não esteja junto sejam positivos.

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Isso no trabalho ou após ele, com família, nos hobbies, com os amigos ou conforme a ocasião demandar. O casal estar junto é muito bom, mas momentos bons são possíveis quando um só está com seus amigos, com o filho dos dois, com a família do outro, com os vizinhos ou mesmo sozinho contemplando a natureza.

Às vezes tudo o que precisamos é de um pouco de espaço e não há nada de errado nisso. O casal deve viver momentos felizes naturalmente, mas a felicidade de um não pode depender da presença do outro. Paixão com dependência gera ciúme, não amor. Entendo que amar alguém é achar maravilhosa a forma de uma pessoa agir naturalmente: amar quem a pessoa é, não como tu gostarias que ela fosse.

Por outro lado, o apego excessivo alimenta a dependência. Dependência é ruim e atrai o ciúme – o mais negativo dos sentimentos – junto com inveja, rancor e cupidez. O ciúme leva à raiva, medo e agressão e destrói caminhos.

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Existirão momentos em que o casal não vai estar junto e isso é inevitável. Saudade é normal e até bom, pois faz um dar mais valor para a companhia do outro. Os espaços que precisam existir entre duas pessoas permitem que elas mantenham suas cabeças ventiladas e possam crescer dentro de sua natureza. 

Se duas camélias forem plantadas grudadas, uma sufocará a outra. Se forem plantadas com meio metro de espaço, crescerão parelho e florescerão juntas, enfeitando melhor um jardim. Filosoficamente, entendo ser imprecisa a frase “a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”. Mesmo assim, o significado usualmente atribuído a ela faz sentido no Direito Constitucional.

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Ser livre não é fazer sempre e somente o que quisermos. Responsabilidades e compromissos devem puxar a fila da rotina do casal e de cada um de seus integrantes. Toda relação saudável passa por conversas difíceis, ter paciência, saber ceder e precisar escutar.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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