O texto de hoje é de lavra do meu amigo de infância João Vítor Moraes Maneck, auxiliar técnico do Riograndense Futebol Clube, de Santa Maria:
“A bola está rolando, nos Estados Unidos, para a Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Primeira em formato idêntico ao torneio de Seleções e que engloba de fato equipes de todo o planeta, será disputada a cada quatro anos, com premiação de US$ 40 milhões para o campeão.
O evento iniciou no último dia 15 e tem final marcada para 13 de julho, em Nova York. Para garantir vaga no Mundial, havia dois caminhos: ser campeão continental no período de 2021 a 2024, ou estar bem posicionado em ranking da Fifa, com critérios estabelecidos considerando o desempenho em torneios continentais no mesmo período.
Publicidade
Causavam expectativa no mundo futebolístico os confrontos entre os gigantes europeus e os principais times das américas, especialmente os brasileiros.
Clubes como PSG, Real Madrid e Inter de Milão chegaram aos Estados Unidos já no final de sua temporada, enquanto Flamengo, Palmeiras e Botafogo, por exemplo, estão na metade da mesma, cenário inverso ao que estávamos acostumados a ver no Mundial de fim de ano, agora nomeado Intercontinental.
O que vimos até aqui foram jogos de bom nível técnico, em que os europeus estão sofrendo não só contra times brasileiros, mas também africanos, latinos e asiáticos, levantando o debate de que estariam dando pouca importância ao campeonato.
Publicidade
A verdade é que estão tomando um sufoco no campo, de forma limpa e justa, evidenciando a qualidade de outras culturas de futebol ao redor do mundo.
A grande atuação do Fluminense frente ao Borussia Dortmund e, principalmente, as vitórias de Flamengo e Botafogo diante de Chelsea e PSG, respectivamente, mostram que as grandes forças do futebol brasileiro conseguem fazer frente a equipes de elite europeia.
Se outrora éramos nós que chegávamos ao Mundial em fim de temporada, agora são eles, e jogo após jogo está evidente que neste caso, a ordem dos fatores altera o produto final.
Publicidade
O forte calor tem sido reclamação de alguns clubes, mas é um evento comum a todos e por isso não acredito que afete a competitividade. Ainda sobre o clima, existe um protocolo que paralisa as partidas em caso de risco de tempestade, evento comum em alguns estados americanos nesta época do ano.
Os jogos têm variado quanto ao apelo do público, com o show nas arquibancadas a cargo das torcidas sul-americanas, como de praxe. De modo geral, acredito que a Copa do Mundo de Clubes veio para ficar”.
LEIA MAIS TEXTOS DE RUDOLF GENRO GESSINGER
Publicidade