Foto: EBC
A cadeia produtiva do tabaco estará em pauta no Congresso Nacional na próxima quarta-feira, 9. A Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) lidera, em Brasília, uma audiência pública que ocorrerá das 9 horas ao meio-dia, no Auditório Freitas Nobre, da Câmara dos Deputados. O encontro tem como foco discutir o posicionamento oficial do Brasil na 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP-11), marcada para novembro, em Genebra, na Suíça.
A audiência será conduzida pelo presidente da Amprotabaco, Gilson Becker, prefeito de Vera Cruz e produtor de tabaco. Ele apresentará dados atualizados da cadeia produtiva e reforçará a importância do setor nas esferas econômica e social. A mobilização conta com o apoio dos deputados federais Rafael Pezenti (MDB/SC), autor do requerimento da audiência, e Heitor Schuch (PSB/RS), histórico defensor da agricultura familiar. “Precisamos clareza sobre a posição do Brasil e garantir que a cadeia produtiva tenha assento nas discussões que impactam diretamente quem planta, processa e comercializa o tabaco”, afirma Becker.
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A expectativa da entidade é de grande adesão à mobilização, com a presença de prefeitos, vereadores e lideranças dos mais de 500 municípios produtores nos três estados do Sul e da Bahia. Para Becker, esse envolvimento é fundamental para sensibilizar o Itamaraty, órgão responsável pela representação brasileira na conferência em Genebra. “A COP-11 definirá diretrizes que afetam diretamente o campo, a indústria e a arrecadação dos municípios. É inadmissível que essas decisões ocorram sem transparência ou escuta de quem vive a realidade da produção”, reforça.
Um dos pontos sensíveis do debate será a regulação de dispositivos eletrônicos para fumar e produtos com tabaco aquecido. Segundo Becker, são temas que envolvem saúde pública, segurança jurídica e comércio ilegal. “Queremos saber qual será a postura do Brasil diante de um cenário em que a informalidade avança e as regras internacionais se tornam, na prática, compromissos nacionais”, pontua. O setor reivindica transparência, participação efetiva e respeito à organização da cadeia produtiva.
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Devem participar da audiência representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Relações Exteriores; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; além da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco – órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), do SindiTabaco da Bahia, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), dos governos estaduais do Sul e das assembleias legislativas dos três estados produtores.
No primeiro trimestre de 2025, o tabaco foi o principal produto de exportação do agronegócio do Rio Grande do Sul. De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Rio Grande do Sul, foram US$ 660,3 milhões em vendas externas, superando carnes, soja e cereais. O resultado representa um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
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A força do setor não se resume ao comércio internacional. A produção e o processamento do tabaco lideraram a geração de empregos formais no campo, com mais de 10 mil postos com carteira assinada em todo o estado. “Esses números comprovam o papel estratégico do tabaco para a economia regional. Geramos divisas, movimentamos o comércio local e garantimos renda a milhares de famílias que dependem diretamente da atividade”, conclui Becker.
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