Mesmo com os equipamentos em boas condições, a população que busca atendimento odontológico na rede pública de Santa Cruz do Sul enfrenta dificuldades para realizar exames de raio-X. A principal queixa é em relação à Central Odontológica, localizada na Rua Ernesto Alves, já que o aparelho não está em funcionamento – não por defeito técnico, mas pela ausência de profissional legalmente habilitado para operá-lo.
O problema foi levado à Câmara de Vereadores pelo vereador Raul Fritsch (Republicanos), que afirma ter recebido diversas reclamações da comunidade. “A pessoa vai ao dentista, precisa de um raio-X, e escuta que deve procurar atendimento particular, porque o aparelho da prefeitura não pode ser utilizado”, declarou o parlamentar à Rádio Gazeta FM 107,9.
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Segundo o vereador, a média de atendimentos na Central Odontológica é de cerca de 30 por dia – o que representa aproximadamente 600 atendimentos mensais. Atualmente, o município conta com outros dois aparelhos de raio-X odontológico em funcionamento: um no interior, na localidade de Alto Paredão, e outro dentro do presídio municipal. “Existe um aparelho parado no centro da cidade, pago com dinheiro público, e outro funcionando dentro do presídio. Essa inversão é difícil de entender”, criticou o vereador.
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclareceu que o aparelho de raio-X da Central Odontológica está em condições regulares de funcionamento, mas permanece sem uso desde o ano passado, na gestão anterior, devido à falta de profissional habilitado conforme as exigências técnicas e legais atuais.
Embora os cirurgiões-dentistas da rede pública possuam formação para operar o equipamento, o município afirma que a legislação vigente e as normativas da Vigilância Sanitária exigem capacitação específica, treinamentos atualizados em proteção radiológica e o cumprimento rigoroso de normas técnicas para a utilização segura do aparelho.
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A administração municipal destaca ainda que, por se tratarem de servidores públicos, é necessário adequar os procedimentos estatutários e técnicos para garantir a legalidade da operação, evitando riscos tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
A Secretaria de Saúde informou que está avaliando alternativas para a regularização do serviço, o que inclui a possibilidade de designar formalmente ou contratar um profissional especializado para operar o equipamento, a fim de restabelecer o atendimento de forma segura e dentro das exigências legais.
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Colaboraram Marcio Souza e Carina Weber
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