Uma família que reside no Bairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul, teve uma surpresa desagradável na tarde do último domingo, 24. Após a chuva de 50 milímetros que atingiu o município, a água da rede de esgoto retornou pela tubulação e, através dos ralos, invadiu os cômodos da casa na Rua Dom Pedro II. Escura e com mau cheiro, a água molhou sofá, mesa, os móveis da cozinha e outras peças. Segundo a auxiliar de cozinha Marlete Chaves Reimann, não é a primeira vez que esse problema acontece.
“Em outras duas situações, a água entrou apenas pelo ralo do banheiro, mas agora, com a chuva forte de domingo, ela entrou por todos os ralos. Foi muito rápido, quando percebemos, a água já havia invadido a casa. Não deu tempo de levantar muita coisa, e os móveis da cozinha, que faz pouco tempo que comprei, não tinham nem como ser erguidos. Agora estou preocupada, será que cada vez que chover vai transbordar o esgoto? E se isso acontecer quando eu estiver no trabalho?”, questiona.
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Após o incidente do último domingo, a Defesa Civil foi acionada e esteve na casa para fazer levantamentos. A gerente local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Rosângela Freitas dos Santos, afirmou que, ao tomar conhecimento da situação na segunda-feira, 25, designou uma equipe para ir até a residência buscar uma solução.
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Segundo ela, isso acontece porque a tubulação de esgoto foi dimensionada para receber somente o volume de resíduos líquidos gerado pelas residências. “A presença da água da chuva, dessa forma, sobrecarrega o sistema de coleta e pode até provocar o rompimento das tubulações”, explica.
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Cobrança indevida
Em 2017, logo após a Corsan tomar conhecimento da cobrança indevida e do serviço feito na rede de coleta de esgotamento no Bom Jesus, a empresa responsável foi notificada. O assunto chegou a ser pauta da Gazeta do Sul, inclusive com relatos de moradores que teriam pago por esse trabalho.
Na época, o diretor da empresa porto-alegrense afirmou que o problema foi ocasional. Os procedimentos teriam sido feitos sem o consentimento da sede. A responsabilidade teria sido de três funcionários, os quais foram advertidos formalmente.
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