ads1
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Astor Wartchow: “Quanto aos privilégios, exemplos não faltam”

Não há um só dia em que os brasileiros não tomem conhecimento de absurdos privilégios financeiros e abusos funcionais auferidos pelas elites do Estado brasileiro.

De imediato, importa esclarecer uma diferença fundamental entre o ambiente público-estatal e o ambiente privado. Regra geral, privilégios privados são auferidos à conta do seu desempenho, seja pessoal ou empresarial.

Publicidade

À conta de seu trabalho, rendas e lucros, na proporção do que julgar razoável e, obviamente, assumindo os riscos inerentes aos excessos e equívocos administrativos.

Publicidade

Mas também importa registrar que há privilégios privados que decorrem de subsídios e financiamentos público-estatais, porém, duvidosamente administrados e fiscalizados pelas autoridades responsáveis.

LEIA TAMBÉM: ‘Os outros’ somos todos nós!

Publicidade

E a propósito de administração, dinheiro e bens públicos, basta olhar no derredor e observar vários exemplos de desleixo, desídia, desperdícios, abusos, corrupção, etc. E a explicação, qual seria?

Publicidade

Simples. Somos uma nação de baixíssima consciência comunitária e cívica, logo, de baixa vigilância e fiscalização dos bens públicos. Resumida e consequentemente, dinheiro e bens públicos não têm dono, não têm patrão. E o que não tem dono, nem chefe, é de todos. Legal ou ilegalmente, legítima ou abusivamente.

Quanto aos privilégios, exemplos não faltam. Planos de saúde, auxílios-moradia, planos previdenciários complementares, aposentadorias e pensões muito acima do teto do INSS, mais de 13 salários anuais, férias e folgas incomuns, autoafirmados valores atrasados e compensações periódicas são as principais “conquistas” das elites estatais.

Publicidade

Sem constrangimento e sem pudor, afirmam tratar-se de direitos adquiridos. Não à toa, periodicamente reclamam isonômicos aumentos salariais e benefícios gerais entre os feudos que se lhes assemelham.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Em defesa das autoridades (in dubio pro societate)

Sobretudo praticados no Parlamento, no Judiciário, no Executivo e nas autarquias e empresas estatais, entre outros feudos públicos. É uma “festa” para a qual os manés não foram convidados.

Publicidade

Publicidade

Concluindo, que qualificação pode se dar a uma estrutura pública que contempla tamanhas diferenças de tratamento entre os seus cidadãos? Seria uma cleptocracia? Uma autocracia? Uma oligarguia? Ou seria a tão (ultimamente) decantada e vigilante democracia?

LEIA MAIS TEXTOS DE ASTOR WARTCHOW

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙

Publicidade

Publicidade

© 2021 Gazeta