A rodovia ERS-405, trecho que liga os municípios de Passo do Sobrado e Vale Verde à Região Metropolitana de Porto Alegre e uma das principias rotas de escoamento da produção, volta a causar preocupação aos motoristas. Em agosto, após diversas reclamações dos usuários, uma carreata foi realizada por representantes da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Passo do Sobrado. O grupo solicitou melhorias no trecho de nove quilômetros entre o trevo de Taquari Mirim e a entrada de Passo do Sobrado, em razão de crateras e desníveis severos.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) iniciou uma operação tapa-buracos no local. Na ocasião, o órgão afirmou que os trabalhos já estavam no cronograma da superintendência regional e que abrangeriam 21 quilômetros. No entanto, os reparos foram realizados apenas nos nove quilômetros.
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Transitar nestes trechos tem sido um desafio diário para as pessoas, como explica um dos representantes da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Passo do Sobrado, o empresário Carmo da Rosa. “Deveriam ter feito todo o trecho que prometeram, pois há muitas pessoas que residem em Vale Verde e que precisam se deslocar a Passo do Sobrado. Acabam desistindo em razão das condições da via, que são limitadas”, esclarece.
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À Gazeta do Sul, o Daer informou que irá realizar as melhorias necessárias assim que o material que foi comprado da usina asfáltica estiver disponível. O serviço, segundo o órgão, começará quando forem entregues os sacos de CBUQ, que é a massa asfáltica utilizada para retardar a cura (ou endurecimento) do asfalto.
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Em alguns locais os buracos comprometem todo o lado da pista, obrigando os condutores a fazerem manobras utilizando a pista contrária, entrando na contramão. Além do risco de acidentes, há prejuízos por conta de danos nos veículos.
É o caso do empresário Gabriel Bruch, de 20 anos, que reside no Bairro Morsch, em Venâncio Aires. Na tarde de segunda-feira, quando retornava da Lagoa dos Dourados, em Vale Verde, caiu com o carro em uma cratera e danificou o pneu dianteiro direito do veículo. “Tinha muito sol na hora e, quando vi, já estava no buraco. O pneu furou, coloquei o estepe e consegui seguir até Venâncio, mas o prejuízo do conserto foi de R$ 500,00”, conta. “O trecho está abandonado e a situação chega a ser revoltante, pois pagamos altos tributos ao governo e tão temos retorno nenhum.”
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