Carlo Ancelotti recebeu abrigo histórico das mãos de Luiz Felipe Scolari
O italiano Carlo Ancelotti, de 65 anos, foi apresentado nesta segunda-feira, 26, como treinador da Seleção Brasileira, em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com um extenso currículo e diversas conquistas, o ex-técnico do Real Madrid chega para o desafio de remodelar a forma de atuar do futebol brasileiro. Ele recebeu o novo uniforme das mãos de Luiz Felipe Scolari, atual coordenador técnico do Grêmio.
“Primeiras impressões são muito bonitas. É uma honra, um grande orgulho comandar a seleção, que é a melhor do mundo. Eu tenho um grande trabalho para fazer com que Brasil volte a ser campeão, vamos juntos. Precisamos de todos vocês. Eu fui recebido aqui com muito carinho. É a minha primeira vez, e estou muito contente. Eu estou muito animado e acho que vamos fazer um trabalho. Agradeço à CBF por me trazer aqui e ao Real Madrid por me dar essa oportunidade. O desafio é muito grande. Eu sempre digo que tenho uma conexão com este especial. O recebimento é muito especial. Eu vou tentar realizar um trabalho com o nível máximo”, declarou.
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Ancelotti comentou sobre a sua relação com o Brasil e o futebol brasileiro. “Minha conexão com o Brasil começou muito cedo, nos anos 1980, com Cerezo, Falcão e depois, com os anos, eu treinei 34 jogadores brasileiros. Mencionar todos eles, eu posso fazer, porque eu tenho boa memória, mas eu acho que é uma falta de respeito com o possível esquecimento. Mas os melhores, Ronaldo, Rivaldo, Kaká, Marcelo, Douglas Costa, Cafu, Dida, Emerson. Eu não posso esquecer Endrick, Rodrigo, Militão. Essa conexão começou muito cedo na minha carreira. Pela primeira vez eu venho ao Rio. É algo difícil, porque eu estive em todas as cidades do mundo, faltava o Rio e finalmente eu cheguei ao Rio. Eu quero aproveitar desta cidade”, detalhou.
Felipão disse algumas palavras e desejou boa sorte a Ancelotti. “Dizer ao Carlo que é um prazer, é uma alegria, uma satisfação, uma felicidade estar contigo. E que desejamos o melhor possível. Seja a pessoa que sempre foi e vai conseguir no Brasil tudo aquilo que conseguiu na sua vida. Tudo de bom! E o melhor para o nosso Brasil!”
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Diretor de seleções, Rodrigo Caetano também exaltou a chegada do italiano. “Quero dizer que é motivo de honra poder estar ao lado hoje do treinador mais vitorioso do mundo, mas que vem para a seleção mais vitoriosa e a maior de todas. Mais do que o trabalho e a trajetória do Mister, há uma fórmula de sucesso por trás de tudo isso. É a gestão de pessoas e a simplicidade com que faz isso. Ele vai poder dizer isso, do enorme carinho que tem pelo nosso país. Ele é a pessoa mais indicada para estar à frente da nossa seleção”, declarou.
Presidente da CBF, Samir Xaud valorizou a contratação realizada ainda na gestão de Ednaldo Rodrigues. “Hoje aqui nós estamos fazendo história. A CBF contrata um dos maiores técnicos do mundo. Um cara muito experiente, que ama o futebol brasileiro e que tem experiência com jogadores brasileiros. A CBF fica muito feliz com esse contrato. Nós acreditamos muito no trabalho da comissão técnica. A CBF vai dar total autonomia de trabalho para você, Carlo, e sua equipe. O que nós queremos é colocar novamente a seleção brasileira onde merece”, sublinhou.
Ancelotti divulgou a primeira lista para as Eliminatórias da Copa do Mundo. Os jogos das 15ª e 16ª rodada serão nos dias 5 e 10 de junho, quinta e terça-feira. O jogo do dia 5 será contra o Equador em Guayaquil, às 20 horas. No dia 10, a partida contra o Paraguai será às 21h45.
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Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr) e Hugo Souza (Corinthians)
Laterais: Wesley (Flamengo), Vanderson (Monaco), Alex Sandro (Flamengo), Danilo (Flamengo) e Carlos Augusto (Internazionale)
Zagueiros: Léo Ortiz (Flamengo), Marquinhos (PSG), Alexsandro (Lille) e Beraldo (PSG)
Meio-campistas: Andres Pereira (Fulham), Andrey Santos (Strasbourg), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Ederson (Atalanta) e Gerson (Flamengo)
Atacantes: Vinicius Júnior (Real Madrid), Antony (Real Betis), Estêvão (Palmeiras), Gabriel Martinelli (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhampton), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham)
Francesco Mauri – auxiliar
Paul Clement – auxiliar
Mino Fulco – auxiliar e preparador físico
Simone Montanaro – analista de desempenho
Cláudio Taffarel – preparador de goleiros
Juan Silveira dos Santos – coordenador técnico
Cristiano Nunes – coordenador de preparação física
Marquinhos Antônio Trocourt – auxiliar de treinador de goleiros
Thomaz Joerich – analista de desempenho
Bruno Baquete – analista de desempenho
Guilherme Passos – fisiologista
Rodrigo Lasmar – médico
Felipe Kalil – médico
Andréia Picanço – médico nutróloga
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Nascido na pequena Reggiolo, comuna com cerca de nove mil habitantes, Carlo Ancelotti foi jogador antes de se tornar treinador. Ele estreou pelo Parma aos 18 anos e, algumas temporadas depois, brilhou no acesso da equipe da terceira para a segunda divisão.
O desempenho chamou a atenção da Inter de Milão e da Roma. A equipe da capital italiana, entretanto, se mostrou disposta a fazer uma proposta financeira melhor ao Parma, que liberou o jogador. Ancelotti se tornou ídolo em Roma, por onde ficou oito temporadas e conquistou cinco títulos, incluindo o Campeonato Italiano.
O meio-campista encerrou a carreira no Milan. Pela equipe rossoneri, foi bicampeão italiano, da Uefa Champions League e do Mundial de Clubes. Ele também disputou as edições de 1986 e 1990 da Copa do Mundo com a seleção italiana. Em 1992, após 16 temporadas, Carlo Ancelotti se aposentou dos gramados e, no mesmo ano, iniciou a carreira como treinador.
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Competições internacionais (15 títulos)
Competições nacionais (17 títulos)
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