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“Carreata da Saudade” do Colégio Mauá arrecada mais de uma tonelada de alimentos

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De dentro dos carros, alunos e familiares acenaram para os cerca de 150 professores, dos anos iniciais até o 3° ano do Ensino Médio

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Sem aulas há quase três meses em função da pandemia, o Colégio Mauá, de Santa Cruz do Sul, realizou no último sábado pela manhã uma “Carreata da Saudade”. O evento, idealizado pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), possibilitou, além do reencontro ao vivo e à distância entre os estudantes e os docentes, a oportunidade de arrecadar alimentos perecíveis.

A ação, que ocorreu entre 10 horas e meio-dia, contou com a participação de cerca de 150 professores dos anos iniciais até o 3º ano do Ensino Médio, que permaneceram em frente aos prédios da Unidade I e II, enquanto as famílias passavam de carro pela escola, para matar a saudade. Regras de distanciamento e de higiene determinadas pelos órgãos de saúde foram cumpridas.

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A assistente social do Colégio Mauá, Sandra Halmenschlager, explicou que mais importante do que o número de arrecadações é o gesto de cada um. “É o amor que cada um colocou na sua doação e no seu movimento em prol do outro. Foi linda e gratificante esta ação”, enfatizou.

Emocionado, o diretor Nestor Raschen agradeceu à comunidade escolar pelo exemplo de solidariedade e disse que trabalha para a retomada das atividades na instituição. “É um dia muito especial, e as famílias atenderam ao nosso chamado. Sabemos o quanto as crianças estão com saudade da escola e os professores das crianças, e esperamos, muito em breve, com cuidado, voltar à forma presencial e retomar o ano letivo com as crianças ao nosso lado. Este espaço maravilhoso da nossa escola precisa ser ocupado pelas crianças, e estamos trabalhando para isso”, frisou.

Raschen: famílias atenderam ao chamado
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Emoção maior foi percebida em frente a Unidade II, onde são atendidos os alunos da Educação Infantil. Em frente ao portão, professores e equipe de funcionários chegaram a trocar algumas poucas palavras com os pequenos. A coordenadora da Educação Infantil da Unidade, Cristine Löwenhaupt, disse que a esperança é de que logo tudo volte a sua normalidade. “Têm sido dias difíceis sem as crianças. A saudade delas é enorme. Não tem como não nos apegarmos a elas”, afirmou.

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O casal Celso Bortolanza e Josiane Becker participou da ação acompanhado do filho Maurício, que tem 3 anos. Bortolanza citou que o pequeno sente muita falta do convívio com os colegas e os professores. “Quando contamos a ele sobre o evento, chegou a ficar ansioso. É muito importante esta retomada de contato, ainda que à distância. Ela é muito válida”, ressaltou.

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Para os Baierle, o evento serviu para reforçar o vínculo entre a família e a escola | Foto: Alencar da Rosa


Escolinha também fez carreata para matar saudade dos alunos

Há mais de três meses que a coordenadora pedagógica Milena de Souza Corrêa não vê os mais de 80 alunos da Escolinha Algodão Doce, localizada no Centro de Santa Cruz do Sul. A saudade bateu tão forte que ela, o grupo formado por 11 professoras e a direção decidiram fazer uma carreata para reverem os seus baixinhos. Na tarde de domingo, 21, com cartazes, juntos saudaram as famílias em um evento regado a recordações.

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“Eles passam a maior parte do tempo conosco, e agora estamos sem poder vê-los. As próprias crianças sentem muita saudade da escolinha”, enfatizou. Milena. A coordenadora revela que na Educação Infantil muitas vezes ela e as colegas é que acabam fazendo parte dos momentos de descoberta da infância. A primeira palavra, o primeiro passo e até o primeiro dentinho muitas vezes são presenciados pelo time da escolinha.

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Bela surpresa: professoras e direção da Algodão Doce prepararam uma recepção para os alunos, em frente à escolinha, no Centro


A proprietária da Algodão Doce, Margarete Patrícia Goularte Menezes, diz que a ideia era fazer um drive-thru de São João, como comidas típicas da festa. A decoração com bandeirinhas foi feita, e, na última hora, a ação não foi autorizada. “Nos reunimos e pensamos em criar este momento para então matar a saudade dos alunos”, acrescentou.

Das 15h30 às 16h30, o tráfego na Rua Senador Pinheiro Machado, entre as ruas Thomas Flores e Marechal Deodoro, foi alterado. Sob um teto de bandeirolas, de dentro dos carros dos pais, alunos puderam rever as professoras, que, com cartazes, os recepcionaram. “Tivemos a ideia de escrever estas mensagens para dizer que eles estão fazendo falta no nosso cotidiano”, complementou Margarete.

Colaboração do jornalista Rodrigo Nascimento

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