Foram quase dez anos de espera para que a obra de construção do novo prédio administrativo, localizado na esquina das ruas Coronel Oscar Jost e 28 de Outubro, em Santa Cruz do Sul, saísse definitivamente do papel. Desde 2012, quando foi realizada a fundação da estrutura, os trabalhos não avançaram e a construção ficou parada até 2023, acumulando mato e entulho, além de transmitir um aspecto de abandono. Isso prolongou a locação de secretarias em prédios alugados, gerando mais despesas aos cofres públicos. Entre 2024 e 2025, a obra teve um avanço significativo e agora caminha para sua conclusão.
A construção do prédio que abrigará o Centro Administrativo 2 chega às mãos do quarto prefeito desde sua concepção. O projeto foi elaborado em 2011, durante a gestão da então prefeita Kelly Moraes, com a fundação iniciada no ano seguinte. Em 2012, já sob o governo de Telmo Kirst, a obra foi paralisada e permaneceu estagnada por uma década.
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Em 2022, na gestão da ex-prefeita Helena Hermany, o projeto ganhou novo fôlego com a assinatura do contrato com a empresa K&G Construções LTDA, vencedora da licitação, para retomada da obra em 2023. Desde então, os sete andares do prédio já começaram a se integrar à paisagem urbana da cidade. A obra deve ter um custo final de R$ 26 milhões, com recursos próprios e financiamentos. O prédio está sendo erguido ao lado do Centro Administrativo 1.
A entrega já teve vários prazos: o primeiro apontava para o fim de 2024; depois, ainda na gestão de Helena Hermany, foi adiada para maio de 2025. Agora, sob a gestão do prefeito Sérgio Moraes, a previsão é que a obra seja concluída até o final deste ano, com início da ocupação das secretarias em janeiro de 2026 e atendimento ao público a partir de março.
Quem passa pelo local já percebe que a obra está em fase final, com a instalação de grandes paredes de vidro, finalização das calçadas, guarita e outros detalhes externos. No interior, estão em andamento serviços como instalação elétrica, colocação de pisos, pintura e sistema de refrigeração.
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O secretário municipal de Planejamento e Mobilidade Urbana, Vanir Ramos de Azevedo, destaca que não se trata apenas de uma mudança física, mas de um novo paradigma em termos de atendimento e acolhimento ao cidadão. “Todas as secretarias já foram provocadas, digamos assim, para detalhar suas estruturas e apontar o que seria necessário para uma eventual mudança. Vamos receber essas informações no Planejamento e, junto com a Secretaria de Administração e o gabinete do prefeito, bater o martelo sobre quais estruturas irão para o novo prédio”, afirmou.
Segundo Azevedo, já há um alinhamento sobre como o local será estruturado, mas a decisão final caberá ao prefeito. “Agora, neste mês ou em junho, começamos a organizar”, completou. O último andar deverá ser ocupado pelo gabinete do prefeito Sérgio Moraes e do vice-prefeito Alex Knak. A expectativa é de que entre oito e dez secretarias sejam transferidas para o novo local.
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Os demais andares também serão ocupados por secretarias. Algumas poderão ocupar um andar inteiro, enquanto outras poderão dividir o espaço, conforme a necessidade. Após a mudança definitiva, a quadra se tornará um grande complexo da administração pública de Santa Cruz do Sul, com a integração do Centro Administrativo 1, do prédio da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e do Centro Administrativo 2.
“Estamos trabalhando com uma previsão até o final do ano. Depois disso, haverá ajustes internos, como divisórias, pois o prédio será entregue sem elas. Também teremos que licitar os equipamentos públicos que serão levados para lá. A ideia é terminar a obra até dezembro e, em mais dois ou três meses, deixá-lo completamente operacional”, explicou Azevedo.
Atualmente, diversas secretarias que não estão no Centro Administrativo 1 ocupam prédios alugados. Com a mudança para o novo prédio, a Prefeitura pretende eliminar esses aluguéis, gerando economia aos cofres públicos. “Queremos zerar os aluguéis. Claro que há exceções, como prédios compartilhados com entidades parceiras, especialmente na área da segurança, onde o município, por exemplo, mantém a Secretaria de Segurança, mas não pode trazer delegacias para cá”, explicou o secretário.
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Além da economia, o novo complexo administrativo também deve proporcionar mais agilidade nos serviços, por meio da centralização das demandas.
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