Santa Cruz do Sul

CEO da Stihl destaca que a empresa deve pensar primeiro nas pessoas

A edição de agosto do programa Tá na Hora da Associação Comercial e Industrial (ACI) Santa Cruz teve como tema a implantação das ferramentas de gestão baseadas no conceito ESG (sigla em inglês que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa). O palestrante foi o CEO da Stihl Brasil, Cláudio Guenther, que mostrou como a empresa familiar alemã, que completa 50 anos no Brasil, atua com as novas ferramentas de gestão.

O dirigente reforçou que o foco das ações tem que ser voltado para as pessoas. Como exemplo, citou o bom desempenho da Stihl nacional no ranking Great Place To Work, que é um levantamento sobre a satisfação dos profissionais. “No setor de indústrias, somos a 11ª no País. Assim, ouvimos muito o que os funcionários têm a dizer”, comemorou.

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Dentro dessa linha de valorização de pessoal, Guenther destacou a elaboração de um código de ética e conduta, que serve como orientação, tanto interna quanto na relação com fornecedores e clientes. “Há um respeito na formação de pessoas para um bom ambiente de trabalho”, frisou. Um dos exemplos é a instituição do mecanismo Ideia Plus. Por meio dele, os colaboradores apresentam sugestões para aprimorar os processos, o que é um dos princípios das empresas que focam a inovação.

Na área da tecnologia, o grupo tem setor específico para automação de processos, o que representa maior produtividade e menor quantidade de rejeitos. “O maquinário é de ponta para garantir, inclusive, a coleta de dados de forma automática”, ressaltou.

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Todo esse desempenho é refletido em números. Atualmente, a Stihl tem mais de 20 mil funcionários espalhados pelo mundo, nas unidades da Alemanha, Brasil – a primeira fora do solo germânico –, Estados Unidos e, mais recentemente, China. Também mantém estrutura de suporte na Suíça, na Áustria e nas Filipinas. São 55 mil revendedores, com negócios em 120 países. O faturamento chegou a 5,5 bilhões de euros em 2022, com mais de 400 milhões de euros em investimentos com capital próprio, não demandando buscar recursos no mercado.

O Brasil surgiu como opção, em especial São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, como uma referência de colônia alemã, o que aproxima da sede do grupo na questão cultural. São 3,4 mil funcionários no País, com 5 mil pontos de venda com base no conceito “faça você mesmo”, o que representa a apresentação de 107 produtos, entendidos como soluções. O desempenho da unidade brasileira é percebido ao olhar os números. Em 2011, o faturamento foi de R$ 800 milhões; em 2022, chegou a R$ 3,2 bilhões.

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Mudanças na gestão e no foco

A Stihl foi criada em 1926, na Alemanha, por aquele que é conhecido como o “pai da motosserra”, Andreas Stihl. Apesar da utilidade do equipamento, Cláudio Guenther reforça que a empresa é focada na consciência ambiental, com metas para a redução da emissão de gás carbônico. Também é contrária ao desmatamento ilegal, assim como ao trabalho infantil e ao trabalho análogo à escravidão.

Desde 2002, a empresa, que é familiar de origem, passou a adotar práticas de governança com a instalação de um conselho executivo, que é integrado por três homens e três mulheres. Esse grupo tem sido responsável pelo foco na sustentabilidade, como forma de criar processos para manter a empresa a longo prazo. Assim, tem ampliado sua atuação com a criação de ferramentas que facilitam o dia a dia dos usuários e são movidas por energia cada vez mais renovável.

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Atualmente, cerca de 30% do mercado consumidor da Stihl é de produtos domésticos; 20%, de conservação e jardinagem e apenas 6%, da área florestal. “Os tipos de acionamentos têm sido mudados do combustível fóssil para a eletricidade e as baterias”, salientou. São alterações que ressaltam as qualificações da empresa, como as ISO 14000 e 45000, que estão relacionadas ao desempenho em questões como o ambiente e o trabalho. São, assim, unificadas à ESG, com metas fortes no controle da emissão de gás carbônico.

Evento em outubro

Presidente da ACI, César Cechinato abriu o Tá na Hora reforçando a característica do evento em trazer para Santa Cruz palestrantes e assuntos que possam agregar conhecimento aos associados e à comunidade. Além disso, frisou bandeiras que são levantadas pela entidade, como o melhor uso da posição geográfica no município, o que cria possibilidades de investimento em logística. Um dos casos positivos citados por Cechinato é o aumento do número de voos do aeroporto local para Porto Alegre. “Ainda buscamos o voo para São Paulo, que tem condições de ser implantado, haja vista a proximidade de duas regiões importantes, como os vales do Rio Pardo e do Taquari”, ressalta.

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Cássio Arend falou do ESG Experience | Foto: Rodrigo Assmann

Vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Cruz do Sul, Cássio Arend fez a apresentação do evento ESG Experience – Buscando novos valores para os negócios, marcado para o dia 3 de outubro no Memorial Unisc. Será a oportunidade para aprofundar conceitos que podem ser implantados nas empresas com base nas ferramentas ESG, estabelecendo uma reflexão sobre a agenda mundial, que defende a sustentabilidade, o social e a gestão como forma de garantir a sobrevivência dos negócios. Com líderes da ACI e da Unisc, tem patrocínio do SindiTabaco, Afubra e Gazeta Grupo de Comunicações.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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